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Relatório diz que gravadoras ainda são imprescindíveis
DA REPORTAGEM LOCAL
Os músicos ainda precisam
de gravadoras?
A internet trouxe meios de
produção e divulgação de música que dispensariam o suporte
das gravadoras. Ficou mais barato fazer um disco e mais barato ainda fazê-lo chegar a um
bom número de pessoas.
A IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica, na tradução do inglês) discorda dessa posição. De acordo
com um estudo divulgado recentemente pela instituição,
apenas uma pequena parcela
dos artistas poderiam sobreviver sem o auxílio de uma empresa fonográfica.
Segundo a IFPI, para fazer
um nome novo estourar nas paradas, é necessário investir "pelo menos" US$ 1 milhão. Pela
conta da associação, US$ 200
mil entram como adiantamento; US$ 200 mil em taxas e impostos; US$ 200 mil para produzir três clipes; US$ 100 mil
em ajuda para turnês; US$ 300
mil em marketing.
Já Dickon Stainer, do selo
Decca, diz que esse valor sobre
para US$ 1,5 milhão para artistas de jazz ou música erudita.
"Um dos maiores mitos em
relação à era digital é que os artistas não precisam mais de
gravadoras", diz o relatório da
IFPI. "A internet possibilitaria
a eles contatar seu público.
Shows e outras fontes de receita, como merchandising, fariam o resto. Mas a realidade é
completamente diferente.
Uma pequena minoria de artistas, a maioria bem conhecidos e
estabelecidos, consegue ser
bem-sucedido com essa tática
"faça-você-mesmo"."
A indústria de música pop
movimenta, por ano, US$ 5 bilhões no mundo.
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