São Paulo, quarta-feira, 28 de abril de 2010

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Relatório diz que gravadoras ainda são imprescindíveis

DA REPORTAGEM LOCAL

Os músicos ainda precisam de gravadoras?
A internet trouxe meios de produção e divulgação de música que dispensariam o suporte das gravadoras. Ficou mais barato fazer um disco e mais barato ainda fazê-lo chegar a um bom número de pessoas.
A IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica, na tradução do inglês) discorda dessa posição. De acordo com um estudo divulgado recentemente pela instituição, apenas uma pequena parcela dos artistas poderiam sobreviver sem o auxílio de uma empresa fonográfica.
Segundo a IFPI, para fazer um nome novo estourar nas paradas, é necessário investir "pelo menos" US$ 1 milhão. Pela conta da associação, US$ 200 mil entram como adiantamento; US$ 200 mil em taxas e impostos; US$ 200 mil para produzir três clipes; US$ 100 mil em ajuda para turnês; US$ 300 mil em marketing.
Já Dickon Stainer, do selo Decca, diz que esse valor sobre para US$ 1,5 milhão para artistas de jazz ou música erudita.
"Um dos maiores mitos em relação à era digital é que os artistas não precisam mais de gravadoras", diz o relatório da IFPI. "A internet possibilitaria a eles contatar seu público. Shows e outras fontes de receita, como merchandising, fariam o resto. Mas a realidade é completamente diferente. Uma pequena minoria de artistas, a maioria bem conhecidos e estabelecidos, consegue ser bem-sucedido com essa tática "faça-você-mesmo"."
A indústria de música pop movimenta, por ano, US$ 5 bilhões no mundo.


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