São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 2011

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Tradição no Brasil é açúcar em excesso

MARÍLIA MIRAGAIA
DE SÃO PAULO

O primeiro bolo com mais de um "andar" foi servido no casamento de Catarina de Médici, no século 16. No matrimônio da rainha Vitória, em 1840, o doce tinha mais de cem quilos e dois metros.
Peças estruturadas tornaram-se populares nos séculos 18 e 19, mas seguem fazendo sucesso em casamentos até hoje. Em especial as que levam pasta americana, uma matéria-prima à base de açúcar, que reveste o bolo e pode ser modelada.
"É esteticamente bonito. No Brasil, é o que acaba saindo. Geralmente, um bolo pesado e doce. É uma arte, mas pode comprometer o sabor", diz a pâtissière Mara Mello.
O excesso de elementos açucarados "pode ser uma das razões para que o bolo de casamento tenha fama de não ser tão gostoso", concorda Samara Trevisan Coelho, professora de confeitaria do Senac.

TRADIÇÃO
O bolo inglês tradicional, com frutas, receita servida no casamento real, é uma das maneiras mais antigas de celebrar essa ocasião. Sua massa utiliza maior quantidade de gordura, o que a torna mais saborosa.
Com variações de ingredientes (frutas e bebida alcoólica), pode ser encontrada nos EUA, na Austrália e no sul da África. Veio parar, inclusive, no Nordeste do país, onde recebeu o apelido de "bolo de noiva".
Na França, é possível encontrar a tradições do "croquembouche", uma escultura em formato de cone feita com profiteroles. Ligados por uma calda de caramelo, são quebrados um a um. E até a cassata (espécie de bolo gelado com fruta) pode entrar em cena -para aplacar o calor e celebrar bodas.


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