|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Filme de romeno sobre aborto leva a Palma de Ouro
"4 Luni, 3 Saptamini si 2 Zile" ganhou o principal troféu
do Festival de Cannes; Grande Prêmio vai para japonesa
SILVANA ARANTES
ENVIADA ESPECIAL A CANNES
O drama sobre o aborto "4
Luni, 3 Saptamini si 2 Zile" (4
meses, 3 semanas e 2 dias), terceiro longa do cineasta romeno
Cristian Mungiu, 39, venceu
ontem a Palma de Ouro do 60º
Festival de Cannes.
Ao receber o prêmio, das
mãos da atriz norte-americana
Jane Fonda, Mungiu disse que
parecia estar vivendo "um conto de fadas", já que "há seis meses, não tinha o dinheiro para
fazer esse filme".
O diretor expressou o desejo
de que sua vitória sirva como
estímulo "a pequenos cineastas, de pequenos países", por
indicar que "não é necessário
ter grandes orçamentos e grandes estrelas para contar uma
história que seja ouvida".
"4 Luni, 3 Saptamini si 2 Zile" foi eleito melhor filme também pelo júri da crítica.
A cineasta japonesa Naomi
Kawase, ganhadora do Prêmio
Especial do Júri por "Mogari
No Mori" (a floresta do luto),
fez um emocionado discurso
sobre a capacidade humana de
superar a dor e "avançar, com
um ponto de apoio não necessariamente visível, como nossos antepassados".
O norte-americano Julian
Schnabel foi premiado como
melhor diretor pelo filme francês "Le Scaphandre et le Papillon" (o escafandro e a borboleta), baseado no livro homônimo que o jornalista Jean-Dominique Bauby ditou a uma intérprete, depois de sofrer um
AVC que o deixou paralisado.
O excepcional Prêmio do 60º
Aniversário de Cannes foi dado
ao cineasta americano Gus van
Sant, "por sua carreira e pelo
filme "Paranoid Park'", que
concorria à Palma de Ouro.
Texto Anterior: Guilherme Wisnik: A nuvem financeira e o skyline Próximo Texto: Vencedor se baseia em experiência pessoal, diz diretor Índice
|