São Paulo, sexta-feira, 28 de maio de 2010

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CRÍTICA MPB

Em álbum solo, cantora não perde a majestade de musa

BRUNO YUTAKA SAITO
EDITOR-ASSISTENTE DA ILUSTRADA

Na Orquestra Imperial, Nina Becker era o símbolo de um Rio moderno, cool e festivo. Solo, deixa a festa de lado. Mas a majestade de musa ela não perde. Agora, Nina seduz porque parece real. "Azul" valoriza silêncios, e ela sussurra indefesa em nossos ouvidos. Sabe sofrer com classe.
É o espírito do "menos é mais", seguido por Tiê, como se fosse um movimento de oposição aos excessos das lady gagas da vida. Ao forjar com precisão essa identidade, os produtores Maurício Tagliari e Miranda são tão estrelas quando Nina.
Ainda que remeta a, aqui e ali, Marisa Monte ou Gal Costa, Nina mostra estar perto de uma voz própria e forte em "Azul". Em "Não me Diga Adeus" (célebre com Nara Leão), acreditamos que seu coração está já frio e aos cacos ao cantar "pense nos sofrimentos meus".
Já o calor de "Vermelho" vem da turma que cerca Nina. As obsessões de parceiros impregnam faixas como "Do Avesso", que traz a paixão de Nervoso por Roberto Carlos.
"Volte Sempre", de Renato Martins, segue a linha dixie de sua banda, Canastra. Fosse ainda estilista, poderíamos dizer que as canções são belas, cheias de estilo, modernas e confortáveis.


AZUL E VERMELHO

ARTISTA Nina Becker
GRAVADORA: YBMusic
QUANTO: a definir (lançamento previsto para junho)
AVALIAÇÃO: bom




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