São Paulo, sábado, 28 de maio de 2011

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Concorrentes reconhecem a importância de Massi

DE SÃO PAULO
DA COLUNISTA DA FOLHA


Até a concorrência lamentou a saída do editor Augusto Massi da presidência da Cosac Naify.
"É uma pena", diz Samuel Leon, da Iluminuras, de São Paulo, que há duas décadas e meia publica poesia, ficção e ensaios. Leon diz que o nicho em que atuam, o de público mais intelectualizado, é pequeno, porém o mais sólido.
Tanto que hoje é buscado até por grandes editoras, que antes se dedicavam somente a best-sellers.
José Mario Pereira, da Top Books, em atividade no Rio de Janeiro desde 1990, afirma que um profissional como Massi não deveria ficar fora do mercado. "É um editor refinado, bibliófilo, professor universitário com amplo trânsito, alguém que escreve com elegância e precisão."
Na gestão de Massi, acrescenta Pereira, a Cosac Naify alcançou um patamar de qualidade raro no Brasil.
"O ideal, é que um editor procure equilibrar sua produção entre obras de vendagem imediata e livros de alta cultura, que exigem venda mais lenta", avalia. "Mas sempre haverá espaço para editoras e editores que trabalham quase artesanalmente buscando a qualidade."
Para funcionários da empresa, a atuação de Massi foi sólida o bastante para ser naturalmente seguida pela editora. "O projeto editorial do Augusto ficou maior do que ele mesmo, não tem volta", afirma Milton Ohata, editor levado à Cosac por Massi.
"Ele é um organizador da cultura editorial brasileira, consolidou uma tendência." (FV e JA)


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