São Paulo, terça, 28 de julho de 1998

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Regionalismo marca obra de Élis

da Redação

O retrato da sociedade do norte de Goiás no fim dos anos 10 e início dos 20, presente em "O Tronco", reflete diretamente as origens de Bernardo Élis. Filho de família de classe média (seu pai era comerciante e poeta), o escritor nasceu em uma fazenda de Corumbá de Goiás, em 1915.
Além de "O Tronco", seu único romance, o autor publicou coletâneas de contos, ensaios e uma novela, "As Terras e as Carabinas", todos vinculados ao interior goianiense, onde Élis viveu até os 12 anos.
Em sua vida pública, Bernardo Élis foi escrivão de delegacia de polícia e prefeito de Goiânia, em duas ocasiões.
A partir de 1975, passou a ocupar a cadeira número um da Academia Brasileira de Letras, após vencer, por um voto, uma disputa com o ex-presidente Juscelino Kubitschek.
Bernardo Élis morreu em Goiânia, em 30 de novembro do ano passado, vítima de câncer no intestino.
"O Tronco" -que, para Francisco de Assis Barbosa, biógrafo de Lima Barreto, é um romance cinematográfico, pela estrutura da trama e pela emoção que desperta no leitor- não é a primeira adaptação para as telas de uma obra de Élis. Em 1981, Fábio Barreto dirigiu "Índia - A Filha do Sol", versão do conto "Ontem Como Hoje Como Amanhã Como Depois". (LCr)



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