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Regionalismo marca obra de Élis
da Redação
O retrato da sociedade do
norte de Goiás no fim dos anos
10 e início dos 20, presente em
"O Tronco", reflete diretamente as origens de Bernardo
Élis. Filho de família de classe
média (seu pai era comerciante
e poeta), o escritor nasceu em
uma fazenda de Corumbá de
Goiás, em 1915.
Além de "O Tronco", seu
único romance, o autor publicou coletâneas de contos, ensaios e uma novela, "As Terras
e as Carabinas", todos vinculados ao interior goianiense,
onde Élis viveu até os 12 anos.
Em sua vida pública, Bernardo Élis foi escrivão de delegacia
de polícia e prefeito de Goiânia, em duas ocasiões.
A partir de 1975, passou a
ocupar a cadeira número um
da Academia Brasileira de Letras, após vencer, por um voto,
uma disputa com o ex-presidente Juscelino Kubitschek.
Bernardo Élis morreu em
Goiânia, em 30 de novembro
do ano passado, vítima de câncer no intestino.
"O Tronco" -que, para
Francisco de Assis Barbosa,
biógrafo de Lima Barreto, é um
romance cinematográfico, pela estrutura da trama e pela
emoção que desperta no leitor- não é a primeira adaptação para as telas de uma obra
de Élis. Em 1981, Fábio Barreto
dirigiu "Índia - A Filha do
Sol", versão do conto "Ontem Como Hoje Como Amanhã Como Depois".
(LCr)
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