LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL

E eis que chega a quarta temporada de "Cilada", a série que se gaba se ser a primeira sitcom brasileira da TV paga.
Seguindo o (mau) hábito de boa parte dos canais do segmento, o Multishow não enviou previamente à imprensa o capítulo que abre a nova safra. Tudo bem: temos o recém-lançado DVD com os "melhores episódios" para avaliar o programa.
Bruno Mazzeo, criador e roteirista do programa, interpreta o azarado Bruno, sujeito sobre o qual só se conhece a facilidade de se meter em "programas de índio".
Num acampamento, é atacado pela mosquitada e paga mico na rodinha de violão. Já na churrascaria-rodízio, entre espetos de cupim e ovos de codorna com molho rosê compartilhados com o chefe, deixa passar a chance de ser promovido ao perder a linha com um garçom inconveniente.
Mas quem é Bruno? Qual é a sua história, como é sua família, aonde quer chegar? Não se sabe. Personagem de papelão, raso e de personalidade amorfa, passa o tempo a trombar com caricaturas -que mais constrangem do que fazem rir. Não há nada em sua figura que inspire identificação real.
Em suma, como acertadamente diz o texto de apresentação da temporada, "é cilada do início ao fim".