São Paulo, sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica

"Código da Vinci" adapta idéia para vender ingresso

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A idéia muito popular de que o mundo é regido por uma série de conspirações retorna de tempos em tempos ao mundo dos best-sellers. Idéias tais como de que fomos visitados por extraterrestres e que eles seriam nossos deuses, de que cada parágrafo da Bíblia tem uma explicação científica povoam o imaginário mundial antes de se desfazerem como nuvens.
A hipótese mais recente a motivar vendas de livros -e que gerou o filme "O Código da Vinci" (HBO Plus, 19h15)- é a de que Cristo não só teve relações carnais com Maria Madalena como teria deixado descendentes. Fato ciosamente abafado pelo Vaticano, é claro.
Digamos que tudo isso seja verdade: abalaria a crença em Cristo filho de Deus, devolvendo-o a uma condição terrena. Em vista disso riscaríamos 20 séculos de história? Ou faríamos desses descendentes uma nova nobreza de direito, aí sim, divino? Enfim, para que servem essas hipóteses? Para vender livros (e, em menor escala, entradas de cinema).


Texto Anterior: Série: "Cilada" é exatamente o que o nome sugere
Próximo Texto: Resumo das novelas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.