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Cinema à la carte
Diretor de "Mondovino" lança livro em que ataca a "ditadura" de críticos de vinho e finaliza longa carioca com Charlotte Rampling, Irène Jacob e Bill Pullman
MARCOS STRECKER
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
O cineasta Jonathan Nossiter ataca de novo. Depois de
abalar a indústria do vinho com
o polêmico documentário
"Mondovino" (2004), o mais
perigoso "terroirista" do mundo (defensor do "terroir", a cultura local na produção vinícola)
volta à carga com o livro "Gosto
e Poder - Vinho, Cinema e a
Busca dos Prazeres" (Companhia das Letras, trad. Hildegard
Feist, R$ 49, 288 págs.).
Por causa do filme, já foi chamado de "Michael Moore da
cultura vinícola". Também ganhou do mais importante crítico de vinhos do mundo, Robert
Parker, o apelido de "wine gestapo" (gestapo do vinho). Mas
Nossiter não perde a pose e volta novamente suas baterias
contra os discursos "autoritários" de enófilos.
Já lançada na França, a obra
foi encorpada e amadurecida
em sua edição brasileira e explora de forma mais clara a relação entre cinema e vinho.
Procura discutir a liberdade na
formação de gostos, o respeito à
individualidade, o combate ao
discurso elitista. Para ele, o cinema independente e a cultura
local de vinho estão em grave
risco de extinção. Trata-se de
duas faces da mesma moeda.
Nossiter, que mora no Rio e
se naturalizou brasileiro neste
ano, também está finalizando
"Rio Sex Comedy", longa que
rodou no Rio de Janeiro e será
lançado em 2010. A comédia,
estrelada por Charlotte Rampling, Irène Jacob e Bill Pullman, brinca com os estereótipos sobre o país.
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