São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010

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CRÍTICA SHOW

Fito Paez reafirma seu amor não correspondido pelo Brasil

RAUL JUSTE LORES
EDITOR DE MERCADO

A história de amor não correspondido de Fito Paez com o Brasil teve mais um capítulo na última sexta à noite. O maior astro pop argentino reuniu poucas centenas de pessoas diante do grande palco instalado no Jockey, dentro do festival "Telefónica Sonidos - Mundo Latino".
A pequena plateia cantava em espanhol perfeito todas as letras. Tirando alguns alunos aplicados de espanhol, a maioria parecia pertencer à comunidade hispano-americana em São Paulo.
Fito falou diversas vezes em portunhol, tocou piano, guitarra e cantou músicas de mais de 30 anos de carreira.
"Ciudad de los Pobres Corazones", "Once y Seis" y "Al Lado del Camino" foram cantadas em coro.
Ao piano, reclamando de uma goteira em pleno palco, ele tocou "Tumbas de la Gloria", definida por ele como um tango moderno.
Para os brasileiros que tentavam desafiar o desconhecimento da música dos vizinhos, Fito regalou "Un Vestido y un Amor", conhecida aqui pela versão de Caetano Veloso em "Fina Estampa".
Ele escreveu a romanticíssima canção ("No sé si eras un ángel o un rubí/yo simplemente te ví") para sua então mulher, a atriz almodovariana Cecilia Roth ("Tudo sobre Minha Mãe).
O argentino repetiu diversas vezes, como se houvesse dúvida, o quanto amava o Brasil. Recebeu as visitas de cortesia de Nando Reis e Ana Cañas, com quem dividiu quatro canções. Apesar da buena onda, soaram bem deslocadas.
Fito terminou sua apresentação com "Mariposa Technicolor", sua mais beatlemaníaca composição.
Na saída, faltou esperar que a crescente comunidade de executivos hispânicos consiga atrair mais shows em espanhol a São Paulo.


FITO PAEZ
AVALIAÇÃO bom


JOSÉ SIMÃO
O colunista é publicado no caderno Eleições 2010


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