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CRÍTICA SHOW
Fito Paez reafirma seu amor não correspondido pelo Brasil
RAUL JUSTE LORES
EDITOR DE MERCADO
A história de amor não correspondido de Fito Paez com
o Brasil teve mais um capítulo na última sexta à noite. O
maior astro pop argentino
reuniu poucas centenas de
pessoas diante do grande
palco instalado no Jockey,
dentro do festival "Telefónica Sonidos - Mundo Latino".
A pequena plateia cantava
em espanhol perfeito todas
as letras. Tirando alguns alunos aplicados de espanhol, a
maioria parecia pertencer à
comunidade hispano-americana em São Paulo.
Fito falou diversas vezes em portunhol, tocou piano, guitarra e cantou músicas de mais de 30 anos de carreira.
"Ciudad de los Pobres Corazones", "Once y Seis" y "Al
Lado del Camino" foram cantadas em coro.
Ao piano, reclamando de
uma goteira em pleno palco,
ele tocou "Tumbas de la Gloria", definida por ele como um tango moderno.
Para os brasileiros que tentavam desafiar o desconhecimento da música dos vizinhos, Fito regalou "Un Vestido y un Amor", conhecida
aqui pela versão de Caetano Veloso em "Fina Estampa".
Ele escreveu a romanticíssima canção ("No sé si eras
un ángel o un rubí/yo simplemente te ví") para sua então mulher, a atriz almodovariana Cecilia Roth ("Tudo sobre Minha Mãe).
O argentino repetiu diversas vezes, como se houvesse
dúvida, o quanto amava o
Brasil. Recebeu as visitas de
cortesia de Nando Reis e Ana
Cañas, com quem dividiu
quatro canções. Apesar da
buena onda, soaram bem deslocadas.
Fito terminou sua apresentação com "Mariposa
Technicolor", sua mais beatlemaníaca composição.
Na saída, faltou esperar
que a crescente comunidade
de executivos hispânicos
consiga atrair mais shows em
espanhol a São Paulo.
FITO PAEZ
AVALIAÇÃO bom
JOSÉ SIMÃO
O colunista é publicado no caderno Eleições 2010
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