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COPIÃO
Prêmio coroa liberação das imagens de Glauber
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
O cineasta Silvio Tendler
esperou 22 anos para concluir o documentário "Glauber
o Filme, Labirinto do Brasil",
eleito pela crítica e pelo júri popular do 36º Festival de Brasília
do Cinema Brasileiro (de 18/11 a
25/11) como o melhor longa da
mostra competitiva.
Foi o tempo necessário para
que dona Lúcia Rocha, mãe do
cineasta Glauber Rocha (1939-1981), concordasse com a utilização, num filme, das imagens
da preparação do corpo e do enterro de Glauber, registradas pelo fotógrafo Walter Carvalho em
36 horas ininterruptas de filmagem.
"Não te proibi [de usar as imagens]. Apenas queria que o filme
amadurecesse", foi o que Tendler ouviu de dona Lúcia neste
ano, no dia da primeira exibição
pública do documentário, no
Rio de Janeiro.
Tendler acha que a espera de
fato foi benéfica para o resultado
final. "Em 1981, eu teria feito um
pastiche de "Di'", afirma.
"Di" é o filme-réquiem de
Glauber Rocha para o artista
plástico Emiliano Di Cavalcanti
(1897-1976), que tem suas exibições públicas interditadas pela
Justiça, a pedido da família do
artista.
LANÇAMENTOS FUTUROS 1
A Columbia/Buena Vista
calcula ter R$ 11,4 milhões para
investir em audiovisual
brasileiro através das leis de
incentivo à cultura em 2004.
Atualizados trimestralmente,
os cálculos ainda podem ter
variação até dezembro.
LANÇAMENTOS FUTUROS 2
Lina Chamie ("Tônica
Dominante") negocia co-produção com a Espanha de
seu segundo longa, "Onde Não
Há Jardim". Selecionada para
oficina de roteiros em Madri,
Chamie teve consultoria do
argentino Fernando Castets,
parceiro de Juan José
Campanella ("O Filho da
Noiva") em seus filmes.
MEIA TAÇA 1
Com o resultado de 211 mil
espectadores no fim de semana
de estréia, "A Taça do Mundo
É Nossa", do Casseta &
Planeta, arrisca não chegar ao
1,5 milhão de espectadores,
mínimo necessário para a
recuperação dos R$ 6 milhões
investidos em seu lançamento.
MEIA TAÇA 2
O relativo fracasso do filme
pode ter um efeito positivo
para a Globo Filmes: arrefecer
a idéia de que, com seu aparato
de divulgação, qualquer filme
atingiria as marcas desejadas.
Certos disso, muitos já
cobravam providências
inibidoras ao domínio da
Globo no mercado de cinema.
BROLLYWOOD
O novo objetivo do Ministério da Cultura para o audiovisual é
estimular a aproximação do Brasil com a Índia, cuja indústria do
cinema é chamada de Bollywood, por rivalizar com a de Hollywood
em vigor de produção.
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