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CRÍTICA
Álbum é divertido, romântico e esperto
COLUNISTA DA FOLHA
"Ego War" é pá, pum.
No mínimo, um delicioso disco para diversão, que, seja lá
qual for o estilo que você goste, terá uma faixa que vai agradar. No
máximo, um dos discos mais entusiasmantes do ano para quem
milita na intersecção rock-eletrônica-rap. E um dos mais irritantes
também. Tão bom e tão simples e
aparentemente tão fácil de fazer
que dá vontade de se trancar no
quarto e só sair de lá com uma
produção de mesma linhagem.
"Por você, meu amor, eu vou
tentar ser um homem melhor" é a
letra naïve que sai no começo de
"Veteran", nem de perto uma das
faixas mais famosas do CD. O MC
Simon Franks canta meigo com
um barulhinho ao fundo, até que
Tom D. bota o som. Batidas eletrônicas, vocais rapper, teclado
pop. Simbiose feliz de garotos românticos do subúrbio.
"What the f**k. We Don't Care"
havia cantado Franks quatro faixas atrás. Um dos singles do álbum, que faz uma citação natural
ao punk. Vocal solo, tipo leitura
de manifesto, até o DJ botar o
som. House rasgada, riffs de guitarra roqueira, refrão disco. A
música que o Basement Jaxx adoraria ter feito. Mistureba feliz de
garotos levados do subúrbio.
Junto com o próprio Basement
Jaxx (produção) e o rap híbrido
do The Streets (letras mais profundas), o Audio Bullys é considerado a new wave da música britânica. Vem das ruas, sacode o gueto, baseia-se na simplicidade e
agrada tanto no geral quanto no
particular. A banda certa na hora
certa. (LÚCIO RIBEIRO)
Ego War
Artista: Audio Bullys
Lançamento: EMI
Quanto: R$ 20, em média
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