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São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2003

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CRÍTICA

Álbum é divertido, romântico e esperto

COLUNISTA DA FOLHA

"Ego War" é pá, pum.
No mínimo, um delicioso disco para diversão, que, seja lá qual for o estilo que você goste, terá uma faixa que vai agradar. No máximo, um dos discos mais entusiasmantes do ano para quem milita na intersecção rock-eletrônica-rap. E um dos mais irritantes também. Tão bom e tão simples e aparentemente tão fácil de fazer que dá vontade de se trancar no quarto e só sair de lá com uma produção de mesma linhagem.
"Por você, meu amor, eu vou tentar ser um homem melhor" é a letra naïve que sai no começo de "Veteran", nem de perto uma das faixas mais famosas do CD. O MC Simon Franks canta meigo com um barulhinho ao fundo, até que Tom D. bota o som. Batidas eletrônicas, vocais rapper, teclado pop. Simbiose feliz de garotos românticos do subúrbio.
"What the f**k. We Don't Care" havia cantado Franks quatro faixas atrás. Um dos singles do álbum, que faz uma citação natural ao punk. Vocal solo, tipo leitura de manifesto, até o DJ botar o som. House rasgada, riffs de guitarra roqueira, refrão disco. A música que o Basement Jaxx adoraria ter feito. Mistureba feliz de garotos levados do subúrbio.
Junto com o próprio Basement Jaxx (produção) e o rap híbrido do The Streets (letras mais profundas), o Audio Bullys é considerado a new wave da música britânica. Vem das ruas, sacode o gueto, baseia-se na simplicidade e agrada tanto no geral quanto no particular. A banda certa na hora certa. (LÚCIO RIBEIRO)


Ego War
    
Artista: Audio Bullys
Lançamento: EMI
Quanto: R$ 20, em média



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