São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 2005 |
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CLARO QUE É ROCK Festival teve 16 shows e reuniu 25 mil pessoas, segundo a organização; iniciativa de dividir as atrações em dois palcos funcionou Fãs sobem ao palco e cantam com Iggy Pop
DA REPORTAGEM LOCAL De repente, foi como se estivéssemos em 1969. No meio do show de Iggy Pop com seus Stooges, o enorme palco começa a ser invadido por uma multidão de fãs que, após serem convocados pelo próprio cantor, se abraçam, pulam e cantam no microfone do ídolo. Ao contrário de décadas passadas, quando chegava a chutar quem se atrevesse a chegar perto dele, Iggy Pop se divertiu com a invasão -até cantou, ironicamente, "No Fun", enquanto ainda estava cercado por umas 40 ou 50 pessoas. "Quando ele [Iggy] chamou o público, aproveitei que os seguranças estavam se distraindo de um lado e subi pelo outro. Três seguranças tentaram me pegar, mas não deram conta; fui até o baterista, e ele me deu a baqueta", contou o estudante Ezio Bisson, 21, ao lado da namorada, após ter sido tirado do palco. Esta invasão foi o principal momento do Claro Que É Rock, festival que reuniu 25 mil pessoas, segundo a organização do evento, na Chácara do Jockey, região sul de São Paulo, entre as 15h de sábado e as 3h30 de ontem. Entre os 16 shows do festival, alguns artistas proporcionaram outras passagens marcantes, como Wayne Coyne, o vocalista do Flaming Lips, que iniciou sua apresentação caminhando por cima do público, dentro de uma bolha inflável de plástico. Ou o jogo de luzes que acompanhou a agressividade sonora do Nine Inch Nails. O local agradou. Apesar do frio à noite (chegou a 15º C), o festival ocorreu sem chuvas, e o gramado da Chácara do Jockey aguentou bem -à exceção de algumas áreas perto dos restaurantes, que ficaram enlameadas. A iniciativa de dividir as atrações em dois palcos funcionou. Eles ficavam um de frente para o outro, distantes 174 m. Quando uma banda terminava seu show em um palco, o público dava meia volta para assistir ao início da apresentação no outro palco. Assim, a pontualidade foi praxe em quase todo o evento, que, segundo a Polícia Militar, ocorreu sem ocorrências graves. Mas nem tudo foi tão organizado. O som do palco B (onde tocaram Sonic Youth e Flaming Lips) estava nitidamente mais baixo do que o do palco A (Nine Inch Nails, Stooges, Good Charlotte...), este sim, potente. Quem precisava ir ao banheiro ou comprar fichas para bebidas e comidas enfrentava cansativas filas. E os estacionamentos... (leia texto abaixo). (THIAGO NEY, SHIN OLIVA SUZUKI, MARCO AURÉLIO CANÔNICO) Texto Anterior: Literatura: Prêmio Portugal Telecom anuncia vencedor à noite Próximo Texto: Crítica: Iggy faz Rock!, em maiúscula e com exclamação Índice |
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