São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 2005

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Teens choram por Good Charlotte

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem o ultra-experimentalismo do Fantômas, nem o teatro circense do Flaming Lips. O que destoou neste Claro Que É Rock foi a apresentação da banda norte-americana Good Charlotte.
O quinteto foi responsável por atrair ao festival milhares de crianças e adolescentes, fascinados com a fórmula musical do grupo: uma mistura de guitarras punk-pop com letras angustiantes e visual gótico.
"Good Charlotte é a mais louca e punk. E é uma banda da nossa época", disse Rafael Martins, 17, que usava uma gravata vermelha com uma camisa preta. "Eles [da banda] se vestem assim."
Como era o primeiro nome internacional a subir ao palco (às 19h10), seus fãs começaram a formar fila na Chácara do Jockey a partir da manhã de sábado.
Pouco antes do show, um grupo de fãs se aglomerou em uma das grades que separavam a pista do backstage para uma oportunidade de ver a banda.
As amigas Mariana Sabó, 15, e Cristiana Luzzi, 15, estudantes da 8ª série, chegaram a ir ao aeroporto para recepcionar o grupo. Mariana, que foi às lágrimas durante o show, fez uma bandeira do Brasil e entregou ao vocalista da banda, Joel Madden.
Enquanto uns choravam de emoção ao acompanhar o Good Charlotte, outros não viam a hora da banda sair do palco.
"Isso é uma porcaria. Não tem nada a ver com os outros grupos do festival. Eles são totalmente "Malhação'", disse Everton Taccini, 24. "Odeio eles. Vim mesmo para ver o Iggy Pop", acompanhou Daniela Fobra, 25.
Alheias a qualquer opinião contrária, as amigas Isabela Bassi, 12, e Renata Balukian, 11, que criaram um blog para o GC, convenceram a mãe de Renata a levá-las ao festival. "Mas depois desse show, nós vamos embora", disse a comerciante Cristina Balukian, 41.
E foram, assim como grande parte do público adolescente, para quem o Claro Que É Rock começou e terminou com a apresentação do Good Charlotte.
(TN, SOS, MAC)

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