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Dublagem em filme de Guerra divide o público
DO ENVIADO ESPECIAL
A platéia do Festival de Brasília ficou dividida no sábado à
noite ao fim da sessão de "O
Veneno da Madrugada", de
Ruy Guerra. Com uma desafiadora narrativa em camadas, fotografia inspirada de Walter
Carvalho, mas uma dublagem
com problemas de sincronia, o
longa recebeu aplausos, mas
também vaias do público.
Ontem de manhã, num debate sobre o filme, Guerra explicou suas opções narrativas. Ao
falar do tempo, lembrou que
diretores do início do século 20
viam o cinema como uma "sinfonia de luz", mais guiada pela
emoção do que pela lógica. Sobre a dublagem, sustentou que,
apesar de muitas vezes ter reproduzido o som direto, resistiu à "tirania" da sincronia.
O elenco apontou as vantagens ("reencontro com o personagem", para Juliana Carneiro da Cunha) e desvantagens
(perda da "sujeira" natural, para Rejane Arruda) da dublagem, mas acabaram defendendo que a opção de Guerra contribuiu para o clima de irrealidade desejado pelo cineasta. O
filme aborda um prefeito honesto às voltas com corrupção.
Na quinta-feira à noite, "Depois do Baile", estréia do ator
Roberto Bomtempo na direção
de longas, teve ótima recepção
da platéia brasiliense, que
aplaudiu "em cena", durante
quase toda a projeção, a bem-humorada interpretação do
ator Lima Duarte.(ES)
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