São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice FEDERAIS BEIJA EU Na apresentação de "Baixio das Bestas", anteontem à noite, Cláudio Assis sentou nas escadas do palco do Cine Brasília e deixou à equipe do longa a tarefa de apresentar a obra. Feita a introdução, Assis entrou no palco mudo e desceu calado. Antes, porém, beijou na boca os 21 homens e mulheres de sua equipe que vieram ao festival. DIGA M... O ator Matheus Nachtergaele, de "Baixio...", anunciou: "Vamos nascer aqui, com vocês, para vocês, em cima de vocês". E pediu um cumprimento teatral: "Vou dizer "merda pra nós" e vocês respondem 'merda" bem alto". Foi atendido. DE RATOS E HOMENS Ontem, Assis explicou à Folha que decidiu ficar calado porque acredita que o filme fala por si. "Baixio das Bestas" é um retrato impiedoso do comportamento humano mais sórdido, num Nordeste de escassez natural e desigualdade econômica. "Faço cinema sem culpa", diz ele, já pensando no próximo longa. "Em "A Febre do Rato", vou continuar num tema pesado, mas serei mais poético." BAMBAS As imagens que Thomaz Farkas fez em 1954 de um show de Pixinguinha e o Pessoal da Velha Guarda, no Ibirapuera, recuperadas agora no curta "Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba" (Farkas e Ricardo Dias), protagonizaram o momento deleite absoluto da platéia do festival. FÃ-CLUBE No debate de "Batismo de Sangue", o repórter que fazia a Helvécio Ratton pergunta sobre a trilha do filme (de Marco Antônio Guimarães) teve de interromper a fala. Com compromisso, Frei Betto deixou a mesa naquele momento. Ao notar sua saída, a platéia começou a aplaudi-lo. Alguns, de pé. PROFISSÃO DE FÉ Resumindo sua biografia, Frei Betto citou a atuação como escritor e consultor governamental e concluiu: "Já não espero participar da colheita. Mas espero morrer semente". Texto Anterior: Direção de festival avisa jurados que não quer empate entre premiados Próximo Texto: Dança: Colker revê os passos de sua carreira Índice

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