São Paulo, sábado, 28 de novembro de 2009

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Mônica Bergamo

bergamo@folhasp.com.br

MARINA SILVA

Do Acre à Mooca; no meio, o Jardim Europa

RenattodSousa
Ana Paula Junqueira recebe Marina Silva para um jantar em sua casa, em São Paulo

"Com R$ 20 milhões, eles não chegam nem na Mooca", dizia um dos empresários convidados pela socialite Ana Paula Junqueira para um jantar em sua casa, no Jardim Europa, em torno de Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência da República pelo Partido Verde.
Ele se referia aos recursos que o partido diz que gastará na campanha eleitoral dela em 2010. "Isso não existe. Na vida real, qualquer campanha custa muito mais." José Penna (PV-SP), presidente do PV, dizia que o gasto será mesmo esse.

 


Marina caprichou no visual. Vestiu uma saia preta longa com um casaco. No discurso, ela falou, é claro, do ambiente e do "passado que hoje nós já somos para os nossos netos e bisnetos e do qual eles terão que se orgulhar". Foi um discurso breve. Mas os convidados -entre outros, Daniel Feffer, do grupo Suzano, e Meyer Nigri, da Tecnisa, pareciam contentes com as poucas palavras da candidata. Na hora das perguntas, só uma foi feita, sobre a visita do iraniano Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil.

 


A resposta não foi exatamente a que a maioria gostaria de escutar. "Obviamente as relações bilaterais são mais complexas do que podemos falar quando estamos de fora", disse Marina. Mas ressalvou que o Brasil deve refletir sobre "essas ampliações tão amplas" em suas relações.

 


Já à mesa do jantar, Marina ouviu recados ("O Fernando Henrique Cardoso te mandou um abração", disse um empresário) e alguns questionamentos. Alguns queriam saber sua opinião sobre o MST -tratado, em algumas rodas, como um grupo de "bandidos". "A gente vê muito o MST e esquece do outro lado. Existem hoje no Brasil 700 pessoas ameaçadas de morte em conflitos agrários", respondeu ela. Ainda que sem afinidade total de pensamento, Marina ouviu de alguns a promessa de apoio moral-financeiro a sua campanha.

Censura livre

A rádio CBN tomou uma decisão extrema anteontem: tirou do ar o anúncio do papel higiênico Neve, que parodia o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff. A campanha foi veiculada na manhã de quinta no Rio e depois saiu da programação. "Sou totalmente contra a censura, mas fiquei preocupado. Afinal, é a figura do presidente, da ministra", diz Rubens Campos, diretor-geral do Sistema Globo de Rádio.

CENSURA LIVRE 2
Campos é do Conselho de Ética do Conar [Conselho de Autorregulamentação Publicitária] e afirma que, depois de consultar um advogado do órgão, tomou a decisão. Ontem, ao abrir os jornais, disse que se surpreendeu com a declaração oficial do Conar de que não via motivos para a proibição. E voltou atrás. "Fui mais realista do que o rei." A publicidade começará a ser veiculada novamente nas rádios do Sistema Globo a partir da próxima terça.

PROCESSO?
E corre no mercado a informação de que a DPZ, que criou o anúncio, estudou até processar a CBN. A agência nega.

COMPLICADO
O cineasta Silvio Tendler diz ser ele o "publicitário brasileiro" de quem o editor César Benjamin afirma não se lembrar no artigo publicado ontem na Folha sobre a campanha de Lula em 1994. Nele, Benjamin relata conversa em que Lula teria revelado como tentou subjugar um preso nos 30 dias em que esteve detido, na época da ditadura militar. "Aquilo foi uma brincadeira, uma piada que ele tenta transformar em drama", diz Tendler. "Se o cara [Benjamin] não consegue entender piadas, é complicado. Ele deveria ganhar o troféu de loira do ano."

TREZENTAS
Tendler diz que a conversa era "uma brincadeira como outras 300" que Lula fazia todos os dias. "Não tinha nada do tom dramático que ele [Benjamin] quer dar. O cara deve estar muito ressentido para sacar isso com 30 anos de atraso."

RSVP
Até o início da tarde de ontem, os convidados mais ilustres para a pré-estreia do filme "Lula, o Filho do Brasil" em São Bernardo não tinham confirmado presença. São eles o governador José Serra, de SP, o governador Aécio Neves, de Minas, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM).

DIPLOMA SINDICAL
E o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, defendeu seu trabalho de conclusão de curso para graduação em relações internacionais, na Fundação Santo André. O tema foi "Globalização e Ação Sindical Internacional". Ganhou nota nove.

VERMELHOU
A ponte Octavio Frias de Oliveira receberá iluminação vermelha no dia 1º de dezembro para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Para alertar a população para se prevenir contra a doença, a Secretaria Municipal da Saúde vai iluminar também o viaduto do Chá, o Monumento às Bandeiras e a estátua do Borba Gato.

COMEÇAR DE NOVO
O ator Leonardo DiCaprio está reatando o namoro com a top model israelense Bar Refaeli. Segundo o jornal "New York Post", o ex-namorado de Gisele Bündchen teria levado Refaeli para um romântico resort nas Bahamas no final de semana passado. "Eles ficaram grudados todo o tempo", disse uma fonte ao jornal. Depois que terminou com a modelo, em junho, DiCaprio teria saído com a atriz Cameron Diaz e com a modelo russa Anne Vyalitsyna. Já Refaeli teve seu nome ligado ao do empresário brasileiro Rico Mansur.

CURTO-CIRCUITO
A SPOKFREVO Orquestra faz show hoje, às 21h, e amanhã, às 19h, no Auditório Ibirapuera. Livre.
DEBORAH BRESSER lança amanhã o livro "Vico, o Filhósofo". Às 15h, na Livraria da Vila da rua Fradique Coutinho.
LUISA MELL E ULISSES TAVARES lançam hoje o livro "Poemas que Latem ao Coração", com poesia sobre cachorros. Às 15h, no Pet Center Marginal, na av. Presidente Castelo Branco.
AS ESTILISTAS Flavia Aranha e Luiza Perea fazem coquetel de abertura de suas lojas. Hoje, a partir das 13h, na rua Aspicuelta, na Vila Madalena.
O ESPETÁCULO "Villa Luz", dirigido por Susana Yamauchi, tem sessão única hoje, às 15h30, no Museu Afro Brasil. Livre.
O BARÍTONO Walter Weiszflog se apresenta hoje, às 16h, no projeto "A Música em Seu Tempo", na Pinacoteca. Livre.
A PSICANALISTA Daniela Meirelles Escobari lança hoje o livro "Quem da Pátria Sai a Si Mesmo Escapa?", que aborda a migração e a imigração. Às 11h, na livraria Pulsional.

com ADRIANA KÜCHLER, DIÓGENES CAMPANHA, FLÁVIA MARTIN e LÍGIA MESQUITA



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