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Mônica Bergamo
bergamo@folhasp.com.br
MARINA SILVA
Do Acre à Mooca; no meio, o Jardim Europa
RenattodSousa
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Ana Paula Junqueira recebe Marina Silva para um jantar em sua casa, em São Paulo
"Com R$ 20 milhões, eles
não chegam nem na Mooca",
dizia um dos empresários convidados pela socialite Ana Paula Junqueira para um jantar em
sua casa, no Jardim Europa, em
torno de Marina Silva (PV-AC),
pré-candidata à Presidência da
República pelo Partido Verde.
Ele se referia aos recursos que o
partido diz que gastará na campanha eleitoral dela em 2010.
"Isso não existe. Na vida real,
qualquer campanha custa muito mais." José Penna (PV-SP),
presidente do PV, dizia que o
gasto será mesmo esse.
Marina caprichou no visual.
Vestiu uma saia preta longa
com um casaco. No discurso,
ela falou, é claro, do ambiente e
do "passado que hoje nós já somos para os nossos netos e bisnetos e do qual eles terão que se
orgulhar". Foi um discurso breve. Mas os convidados -entre
outros, Daniel Feffer, do grupo
Suzano, e Meyer Nigri, da Tecnisa, pareciam contentes com
as poucas palavras da candidata. Na hora das perguntas, só
uma foi feita, sobre a visita do
iraniano Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil.
A resposta não foi exatamente a que a maioria gostaria de
escutar. "Obviamente as relações bilaterais são mais complexas do que podemos falar
quando estamos de fora", disse
Marina. Mas ressalvou que o
Brasil deve refletir sobre "essas
ampliações tão amplas" em
suas relações.
Já à mesa do jantar, Marina
ouviu recados ("O Fernando
Henrique Cardoso te mandou
um abração", disse um empresário) e alguns questionamentos. Alguns queriam saber sua
opinião sobre o MST -tratado,
em algumas rodas, como um
grupo de "bandidos". "A gente
vê muito o MST e esquece do
outro lado. Existem hoje no
Brasil 700 pessoas ameaçadas
de morte em conflitos agrários", respondeu ela. Ainda que
sem afinidade total de pensamento, Marina ouviu de alguns
a promessa de apoio moral-financeiro a sua campanha.
Censura livre
A rádio CBN tomou
uma decisão extrema
anteontem: tirou do ar o
anúncio do papel
higiênico Neve, que
parodia o presidente
Lula e a ministra Dilma
Rousseff. A campanha
foi veiculada na manhã
de quinta no Rio e
depois saiu da
programação. "Sou
totalmente contra a
censura, mas fiquei
preocupado. Afinal, é a
figura do presidente, da
ministra", diz Rubens
Campos, diretor-geral do
Sistema Globo de Rádio.
CENSURA LIVRE 2
Campos é do Conselho de
Ética do Conar [Conselho de
Autorregulamentação Publicitária] e afirma que, depois de
consultar um advogado do órgão, tomou a decisão. Ontem,
ao abrir os jornais, disse que se
surpreendeu com a declaração
oficial do Conar de que não via
motivos para a proibição. E voltou atrás. "Fui mais realista do
que o rei." A publicidade começará a ser veiculada novamente
nas rádios do Sistema Globo a
partir da próxima terça.
PROCESSO?
E corre no mercado a informação de que a DPZ, que criou
o anúncio, estudou até processar a CBN. A agência nega.
COMPLICADO
O cineasta Silvio Tendler diz
ser ele o "publicitário brasileiro" de quem o editor César
Benjamin afirma não se lembrar no artigo publicado ontem
na Folha sobre a campanha de
Lula em 1994. Nele, Benjamin
relata conversa em que Lula teria revelado como tentou subjugar um preso nos 30 dias em
que esteve detido, na época da
ditadura militar. "Aquilo foi
uma brincadeira, uma piada
que ele tenta transformar em
drama", diz Tendler. "Se o cara
[Benjamin] não consegue entender piadas, é complicado.
Ele deveria ganhar o troféu de
loira do ano."
TREZENTAS
Tendler diz que a conversa
era "uma brincadeira como outras 300" que Lula fazia todos
os dias. "Não tinha nada do tom
dramático que ele [Benjamin]
quer dar. O cara deve estar muito ressentido para sacar isso
com 30 anos de atraso."
RSVP
Até o início da tarde de ontem, os convidados mais ilustres para a pré-estreia do filme
"Lula, o Filho do Brasil" em São
Bernardo não tinham confirmado presença. São eles o governador José Serra, de SP, o
governador Aécio Neves, de
Minas, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM).
DIPLOMA SINDICAL
E o presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, defendeu seu trabalho de conclusão de curso para
graduação em relações internacionais, na Fundação Santo André. O tema foi "Globalização e
Ação Sindical Internacional".
Ganhou nota nove.
VERMELHOU
A ponte Octavio Frias de Oliveira receberá iluminação vermelha no dia 1º de dezembro
para marcar o Dia Mundial de
Luta contra a Aids. Para alertar
a população para se prevenir
contra a doença, a Secretaria
Municipal da Saúde vai iluminar também o viaduto do Chá, o
Monumento às Bandeiras e a
estátua do Borba Gato.
COMEÇAR DE NOVO
O ator Leonardo DiCaprio
está reatando o namoro com a
top model israelense Bar Refaeli. Segundo o jornal "New
York Post", o ex-namorado de
Gisele Bündchen teria levado
Refaeli para um romântico resort nas Bahamas no final de
semana passado. "Eles ficaram
grudados todo o tempo", disse
uma fonte ao jornal. Depois que
terminou com a modelo, em junho, DiCaprio teria saído com a
atriz Cameron Diaz e com a
modelo russa Anne Vyalitsyna.
Já Refaeli teve seu nome ligado
ao do empresário brasileiro Rico Mansur.
CURTO-CIRCUITO
A SPOKFREVO Orquestra faz show hoje, às 21h, e amanhã, às 19h,
no Auditório Ibirapuera. Livre.
DEBORAH BRESSER lança amanhã o livro "Vico, o Filhósofo". Às
15h, na Livraria da Vila da rua Fradique Coutinho.
LUISA MELL E ULISSES TAVARES lançam hoje o livro "Poemas que
Latem ao Coração", com poesia sobre cachorros. Às 15h, no
Pet Center Marginal, na av. Presidente Castelo Branco.
AS ESTILISTAS Flavia Aranha e Luiza Perea fazem coquetel de
abertura de suas lojas. Hoje, a partir das 13h, na rua
Aspicuelta, na Vila Madalena.
O ESPETÁCULO "Villa Luz", dirigido por Susana Yamauchi, tem
sessão única hoje, às 15h30, no Museu Afro Brasil. Livre.
O BARÍTONO Walter Weiszflog se apresenta hoje, às 16h, no
projeto "A Música em Seu Tempo", na Pinacoteca. Livre.
A PSICANALISTA Daniela Meirelles Escobari lança hoje o livro
"Quem da Pátria Sai a Si Mesmo Escapa?", que aborda a
migração e a imigração. Às 11h, na livraria Pulsional.
com ADRIANA KÜCHLER, DIÓGENES CAMPANHA, FLÁVIA MARTIN e LÍGIA MESQUITA
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