São Paulo, terça-feira, 29 de janeiro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Programação da sala volta a usar filmes do acervo

DA REPORTAGEM LOCAL

A mostra "Raridades da Cinemateca", que reúne a partir de amanhã títulos pouco vistos de Claude Chabrol, Samuel Füller e Pasolini, entre outros, é a segunda iniciativa do grupo que assumiu, este ano, a programação da Sala Cinemateca, com uma proposta revisionista.
Os dez estagiários do acervo de películas, fotografia e documentação da Cinemateca Brasileira defenderam o uso da sala para exibição exclusiva de cópias de obras depositadas na entidade.
"Fundamentamos essa proposta na idéia de que uma cinemateca tem a obrigação de mostrar o seu acervo", diz Rafael Sampaio.
O primeiro ciclo organizado pela equipe foi dedicado ao cinema brasileiro dos anos 20 aos 80. Os coordenadores comemoram o "aumento da média de frequência" à sala, mas se surpreendem com os recordes de público da mostra ("Terra em Transe" e "Bye Bye Brasil").
"É curioso, porque são os filmes que mais passam", diz Sampaio. Indício de que o público procura o que já conhece, atitude que eleva o desafio de atraí-lo para as raridades ocultas.
Em março terá início o Clube de Cinema, com ciclos mensais temáticos e sessão semanal comentada por especialista. O primeiro tema será "O Cinema Calado", com obras alvo de censura. Estão previstas também mostras dedicadas a diretores e Sessões Adeus, com a última exibição de cópias que se deterioraram. (SA)



Texto Anterior: O futuro do pretérito em imagens
Próximo Texto: CD lembra Vera Cruz, e Estado quer "distrito audiovisual" de R$ 21 mi
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.