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Programação da sala volta a usar filmes do acervo
DA REPORTAGEM LOCAL
A mostra "Raridades da
Cinemateca", que reúne a
partir de amanhã títulos
pouco vistos de Claude Chabrol, Samuel Füller e Pasolini, entre outros, é a segunda
iniciativa do grupo que assumiu, este ano, a programação da Sala Cinemateca, com
uma proposta revisionista.
Os dez estagiários do acervo de películas, fotografia e
documentação da Cinemateca Brasileira defenderam o
uso da sala para exibição exclusiva de cópias de obras
depositadas na entidade.
"Fundamentamos essa
proposta na idéia de que
uma cinemateca tem a obrigação de mostrar o seu acervo", diz Rafael Sampaio.
O primeiro ciclo organizado pela equipe foi dedicado
ao cinema brasileiro dos
anos 20 aos 80. Os coordenadores comemoram o "aumento da média de frequência" à sala, mas se surpreendem com os recordes de público da mostra ("Terra em
Transe" e "Bye Bye Brasil").
"É curioso, porque são os
filmes que mais passam", diz
Sampaio. Indício de que o
público procura o que já conhece, atitude que eleva o
desafio de atraí-lo para as raridades ocultas.
Em março terá início o
Clube de Cinema, com ciclos
mensais temáticos e sessão
semanal comentada por especialista. O primeiro tema
será "O Cinema Calado",
com obras alvo de censura.
Estão previstas também
mostras dedicadas a diretores e Sessões Adeus, com a
última exibição de cópias
que se deterioraram.
(SA)
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