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Escritor é referência para o imaginário pop
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
J.D. Salinger publicou seu último texto há 46 anos e passou
a vida se escondendo do mundo. Mesmo assim, o recluso escritor, o seu mais conhecido livro e o seu mais conhecido personagem estão escancarados
dentro do imaginário pop.
Há anos fala-se que "O Apanhador no Campo de Centeio"
é um dos livros prediletos de
terroristas e malucos. Uma bobagem difundida principalmente depois que Mark Chapman matou John Lennon, em
1980. Chapman era tão fã que
chegou a ler um trecho do livro
durante o julgamento.
No cinema, Salinger, "O Apanhador" e Holden Caulfield estão presentes, por exemplo, no
thriller "Teoria da Conspiração" (o personagem de Mel
Gibson é obcecado pelo livro) e
em "Noivo Neurótico, Noiva
Nervosa" (em diálogo entre
Woody Allen e Diane Keaton).
Em "O Iluminado", Wendy, a
mulher de Jack Torrance (Jack
Nicholson) é vista lendo "O
Apanhador". E, é claro, o livro
foi aos "Simpsons" (a obra aparece nas mãos do palhaço
Krusty em um episódio).
Na literatura, Holden Caulfield foi lembrado pelo pop Haruki Murakami em "Norwegian
Wood" (um dos personagens
fala de forma semelhante a
Caulfield). Na nova (e nem tão
nova) geração de escritores
norte-americanos, a influência
de Salinger pode ser encontrada em gente como Brett Easton
Ellis e Jonathan Safran Foer.
Nos anos 1990, havia uma pequena banda chamada The
Caulfields. De Beastie Boys (em
"Shadrach") ao Green Day
("Who Wrote Holden Caulfield?"), passando por Divine
Comedy ("Gin Soaked Boy") e
Jonas Brothers ("6 Minutes"),
podemos ouvir homenagens ao
universo criado por Salinger.
Em "La Pastie de la Bourgeoisie", os escoceses Belle &
Sebastian recomendam: "Entregue-se aos encantos de "Apanhador no Campo de Centeio'".
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