São Paulo, sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

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Escritor é referência para o imaginário pop

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

J.D. Salinger publicou seu último texto há 46 anos e passou a vida se escondendo do mundo. Mesmo assim, o recluso escritor, o seu mais conhecido livro e o seu mais conhecido personagem estão escancarados dentro do imaginário pop.
Há anos fala-se que "O Apanhador no Campo de Centeio" é um dos livros prediletos de terroristas e malucos. Uma bobagem difundida principalmente depois que Mark Chapman matou John Lennon, em 1980. Chapman era tão fã que chegou a ler um trecho do livro durante o julgamento.
No cinema, Salinger, "O Apanhador" e Holden Caulfield estão presentes, por exemplo, no thriller "Teoria da Conspiração" (o personagem de Mel Gibson é obcecado pelo livro) e em "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (em diálogo entre Woody Allen e Diane Keaton).
Em "O Iluminado", Wendy, a mulher de Jack Torrance (Jack Nicholson) é vista lendo "O Apanhador". E, é claro, o livro foi aos "Simpsons" (a obra aparece nas mãos do palhaço Krusty em um episódio).
Na literatura, Holden Caulfield foi lembrado pelo pop Haruki Murakami em "Norwegian Wood" (um dos personagens fala de forma semelhante a Caulfield). Na nova (e nem tão nova) geração de escritores norte-americanos, a influência de Salinger pode ser encontrada em gente como Brett Easton Ellis e Jonathan Safran Foer.
Nos anos 1990, havia uma pequena banda chamada The Caulfields. De Beastie Boys (em "Shadrach") ao Green Day ("Who Wrote Holden Caulfield?"), passando por Divine Comedy ("Gin Soaked Boy") e Jonas Brothers ("6 Minutes"), podemos ouvir homenagens ao universo criado por Salinger.
Em "La Pastie de la Bourgeoisie", os escoceses Belle & Sebastian recomendam: "Entregue-se aos encantos de "Apanhador no Campo de Centeio'".


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