São Paulo, domingo, 29 de fevereiro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Eastwood prega "economia de filmagens"

DA REDAÇÃO

Muito criticado por seu apoio ao Partido Republicano dos EUA, Clint Eastwood, 73, arrancou elogios dos mais fervorosos democratas pela temática antiarmamentista de "Sobre Meninos e Lobos". Aqui, ele fala sobre o filme.


Folha - O elenco de "Sobre Meninos e Lobos" ressaltou em entrevistas o seu estilo econômico de dirigir. O sr. acredita que, ao fazer poucas tomadas, ajuda a enriquecer a performance de um ator?
Clint Eastwood -
Foi uma coisa que aprendi com [o diretor] Don Siegel. Ele dizia: "Sei que não vou conseguir que você me dê a performance desejada na primeira tomada, mas mesmo assim vou tentar!". Está em minha natureza tentar também a dramaticidade necessária logo de cara. É claro que alguns atores chegam para trabalhar comigo sem saber que gosto disso e, às vezes, é um pouco difícil para eles, pois eles têm de lutar com as palavras e as emoções ao mesmo tempo.

Folha - Aos 73 anos, o sr. é uma figura icônica em Hollywood. Como lida com esse status? E, quando o sr. iniciou no cinema, acreditava que conseguiria criar uma carreira longeva e relevante?
Eastwood -
Qualquer que seja o status que possa ter, eu não penso no assunto. Você começa nessa profissão com muita fome, mas só mais tarde se dá conta de que o fator sorte e destino têm grande influência em seu trabalho.


Com Paoula Abou-Jaoude, free-lance para a Folha, em Los Angeles


Texto Anterior: Diretor quer ser inspiração de novos cineastas
Próximo Texto: A fera
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.