São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2006

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ESPECIAL

Programa expõe arquivos do FBI sobre Lennon

DA REPORTAGEM LOCAL

John Lennon era uma ameaça à segurança dos Estados Unidos. É o argumento que o FBI utilizava para não liberar seus arquivos que tinham o ex-beatle como objeto de investigação. A relação Lennon-FBI é o tema do programa "Revelações" de hoje, às 22h, no The History Channel.
Em 1981, um ano após o assassinato de Lennon, em Nova York, o professor Jonathan M. Wiener, da Universidade da Califórnia, entrou na Justiça norte-americana para tentar ter acesso a esses arquivos. Em 1984, ele lançou o livro "Come Together: John Lennon in His Time" (inédito no Brasil), em que comentava o assunto.
A Justiça deu ganho de causa a Wiener e, em 1997, o FBI tornou público grande parte de suas investigações -que se mostraram completamente infundadas.
As suspeitas contra o músico surgiram em 1966, quando Lennon deu a famosa declaração de que os Beatles eram maiores do que Jesus Cristo, o que irritou parte da imprensa e setores conservadores dos EUA.
Dois anos depois, Lennon e Yoko Ono foram presos em Londres por porte de drogas. Na mesma época, estudantes protestavam nos EUA contra a Guerra do Vietnã.
Amizades do casal com ativistas de esquerda, como Angela Davis, caem na mira do FBI. Segundo um relatório do órgão, Lennon teria doado US$ 75 mil a um grupo anti-Partido Republicano. Além disso, dizia a polícia federal norte-americana, ele teria mandado mensagens de rádio a uma emissora vietnamita e estaria conspirando para que Richard Nixon não conseguisse a reeleição para presidente. Todas as acusações são inverídicas.
Devido à detenção por porte de drogas, o FBI tentou deportar Lennon e Yoko. Apenas em 1976 o casal ganhou o direito de permanecer no país.
Ainda há dez páginas de investigações sobre John Lennon não divulgadas. Segundo o FBI, isso se dá porque "comprometeriam outros governos".


Revelações
Quando:
hoje, às 22h, no The History Channel


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