São Paulo, sábado, 29 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TRECHOS

>> Maxim Gorki é
universalmente reconhecido
como um dos maiores
contistas de todos os tempos.
Mesmo dentro da literatura
russa, tão rica nesse gênero,
tem ele poucos rivais, Gogól,
Leskov, Tchekov, não vejo
outros; e quando ele, por volta
de 1900, introduziu
literariamente um ambiente
novo, o dos "vagabundos" ou
bosiaki ("pés-nus'), fê-lo com
tanta arte que provocou a
mesma admiração que hoje
dedicamos aos judeus de
Odessa. (...) Mas entre esse
muitos aspectos não se deve
esquecer um dos mais
impressionantes: Gorki e o
teatro. (...) A crítica impiedosa
de amigos conscienciosos
quase o desencorajou. Mas
insistiu. Enfim, o Teatro de
Arte de Moscou, dirigido pelo
grande Stanislavski, aceitou a
peça Na dne ("No Último
Abismo), mais tarde
conhecida nos países
ocidentais sob o título O
Abrigo Nortuno ou Ralé, que
passa naquele mesmo
ambiente dos contos de Gorki;
entre vagabundos e déclassés

Extraído de "Gorki e o Teatro", de Otto Maria Carpeaux

Conheci a Biblioteca
Municipal em 1936, quando
vim de Minas para estudar
em São Paulo. Ela funcionava
numa velha residência
adaptada da Rua Sete de
Abril, entre Xavier de Toledo
e Bráulio Gomes. (...) No
fundo havia a grande sala
Herculano de Freitas, com
janelas altas bem abertas. (...)
Fui muito lá, de manhã e de
noite, lendo sempre com
aquele fervor incomparável
que acompanha na
adolescência a descoberta do
mundo e do próprio ser por
meio de livros

Extraído de "Lembranças", de Antonio Candido


Texto Anterior: Livros: Revista da Mário de Andrade "renasce"
Próximo Texto: Crítica/"A Arte Brasileira em 25 Quadros": Obra traz visão generalista da história da pintura no Brasil
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.