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JOSÉ SIMÃO
Buemba! Trabalho no Brasil só se for de macumba!
Buemba! Buemba! Macaco
Simão urgente! O braço armado da gandaia nacional! Direto do FHnistão! Moral do dia: tá
todo mundo puto e sem um puto.
E hoje eu acordei otimista. Ainda
bem que o Malanta é ministro da
Fazenda. Já imaginou se ele fosse
piloto de avião? Ou neurocirurgião? Aí é que vocês iam ver o que
é desgraça.
E olha as manchetes do dia: economia patina, o desemprego bate
recorde e um amigo meu vai plastificar o bimbo pra economizar
na camisinha. E trabalho agora
no Brasil só se for trabalho de macumba. Brasileiro só encontra
trabalho em encruzilhada. Mas
eu acho que esse desemprego recorde é tática de campanha do
FHC doutor honoris causa desemprego: ele desemprega todo
mundo pro Serra prometer que
emprega todo mundo. E o slogan
do Lulalelé é: "Me arruma um
emprego que eu arrumo um outro
pra você".
Pior aquela argentina que queria se enforcar, mas não encontrou corda no mercado. E diz que
aqui no Brasil a vaca vai pro brejo. Só que eu acho que vai faltar
brejo pra tanta vaca! Vai ter placa "Procura-se brejo". E os tucanos, ao contrário do que diz "O
Globo" hoje, falam que não estamos em recessão. É apenas uma
desaceleração da aceleração.
E o real tá tão caro que um amigo meu vai abrir um supernegócio: um pedágio. Saia da crise,
abra um pedágio. E até as piranhas estão apelando pra liquidação. Estenderam a faixa: "Estamos liquiDANDO". E o termômetro da crise é a lanchonete daqui
da esquina, que ficava aberta até
as oito da noite. Depois passou a
fechar às sete. Agora fecha às seis.
E amanhã nem abre mais. E ainda botou a faixa: "Estamos funcionando graças a Deus". E a lanchonete da frente rebateu com
outra faixa: "E nós fechamos graças ao FHC". Rarará!
E uma empresária amiga minha disse que tá se sentindo como
um jegue na areia movediça, só
com o focinho pra fora! E, pra aumentar a fogueira, a Mônica
Waldvogel disse no telejornal da
manhã que os brasileiros não vão
comprar nada até o fim do ano!
Xi, então o consumidor, em vez de
ir pro Procon, vai pro Ibama. Espécie em extinção. E eu, pra comprar alguma coisa, vou fazer exigências tipo superstar: só compro
um liquidificador com dez toalhas brancas, 30 toalhas azuis, um
engradado de água Perrier e 50 tipos de frutos da Malásia.
E os juros estão tão altos que
olha a promoção no shopping:
"TV 29 pra Copa Condor! À vista
R$ 800 ou seis de R$ 800". Rarará.
Nóis sofre, mas nóis goza. Por enquanto. Hoje só amanhã! Que eu
vou correndo pingar o meu colírio
alucinógeno! Acorda, Brasil! Que
eu vou dormir!
simao@uol.com.br
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