ROBERTO DE OLIVEIRA
DA REVISTA DA FOLHA

A batida contagiante de "Billie Jean" empolgou cerca de 300 pessoas, entre fãs e curiosos, que improvisaram uma rave em homenagem a Michael Jackson, ontem à tarde, na avenida Paulista.
Admiradores do cantor fizeram uma vaquinha e pagaram R$ 300 pelo aluguel do equipamento de som de um grupo de índios shuaras, do Equador, que estavam lá, tocando e vendendo artesanato, antes da chegada barulhenta dos fãs. De penacho colorido e roupa de pele, até os índios entraram na dança.
Entre uma música e outra, fãs exibiam cartazes, faixas, discos e camisetas do ídolo.
Por volta das 14h, 40 minutos após o início da festança, no refrão de "Beat It", o combustível do gerador acabou. O som voltou meia hora depois, com o hit "Thriller".
Jack Jackson, apelido de Jaqueline Santana, 28, criadora da comunidade Michael Jackson Brasil no Orkut, diz que o astro não desejava lágrimas por sua morte. "Pelo contrário, ele queria muita festa."
A reunião dos fãs começou por volta do meio-dia em frente ao Masp, com apresentação de sósias do cantor.
Luva, chapéu e óculos escuros, Raul Barcelo, 16, diz que aprendeu a dançar assistindo aos clipes de Michael no YouTube. Às 16h20, nada de passinhos. Emocionado, ele se juntou ao grupo e acendeu velas para o cantor, enquanto alguns murmuravam "We Are the World".

"Moonwalk" carioca
Em Copacabana, zona sul do Rio, cerca de 50 fãs fizeram uma passeata na avenida Atlântica, erguendo fotos de Jackson, cantando sucessos do astro e executando seus passos de dança.
A caminhada partiu do hotel Copacabana Palace e seguiu em direção ao hotel Sofitel, onde Jackson se hospedou em 1996. Os fãs iniciaram a homenagem cantando "Heal the World" e executaram, juntos, o "moonwalk", seu famoso passo de dança.
Colaborou a Sucursal do Rio

Texto Anterior: Jackson gravou faixas inéditas com Will.i.am
Próximo Texto: Diogo Nogueira lança segundo disco e turnê
Índice