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crítica
"O Signo da Cidade" tem ideias melhores que o filme
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O conselho que um grande
diretor recebeu do produtor,
quando começava a carreira:
"Nunca se envolva com a atriz
do filme que está fazendo".
Como poderia Carlos Alberto
Riccelli seguir tal recomendação? Ele é casado com Bruna
Lombardi, a atriz de "O Signo
da Cidade" (Canal Brasil, 22h;
16 anos). E ela é também a roteirista. De uma história, aliás,
das mais promissoras, porque
envolve astrologia, ou seja, a
insatisfação, a incerteza e a expectativa das pessoas.
Se o filme não é inteiramente
convincente em seu desenvolvimento, talvez isso se deva à
excessiva intimidade entre diretor e atriz-roteirista.
Existe em Teca (Bruna) um
pouco de cada cliente seu. A
partir dessas correspondências
vemos se desenvolver as relações entre eles.
As ideias são boas, mas são
melhores do que o filme, o que
não é tão bom.
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