São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 2011

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cinema

CRÍTICA AÇÃO

Overdose patriótica derrota longa do Capitão América

Humor até ajuda, mas não livra o super-herói da exacerbação nacionalista

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Entre os super-heróis das HQs, o Capitão América se destaca pelo patriotismo, que já traz no nome. Sua primeira revista saiu em março de 1941, meses antes de os EUA entrarem na Segunda Guerra, e tocou os brios nacionalistas ao trazer o herói esmurrando Hitler.
Sete décadas depois, "Capitão América - O Primeiro Vingador" conta as origens do herói. Para tanto, segue a receita do gênero: ação e efeitos especiais, humor, explicações sobre as motivações do personagem, um casto romance e um vilão diabólico.
Steve Rogers (Chris Evans) tenta se alistar no Exército, mas é sempre descartado por ser magro e de saúde frágil. Disposto a tudo, aceita ser cobaia de uma experiência comandada por Abraham Erskine (Stanley Tucci).
Erskine desenvolveu substâncias que multiplicam a força física, fazendo Rogers virar o Capitão América. Este tem mais músculos do que cérebro e é mais simplório do que o personagem das HQs.
Depois de enfrentar os soldados no front, recebe uma missão de verdade: enfrentar o Caveira Vermelha (Hugo Weaving), um nazista que quer destruir o mundo.
A exacerbação patriótica, o maniqueísmo constante, a simplificação histórica e o exagero das capacidades dos soldados americanos geram efeitos humorísticos que não salvam o filme, mas o tornam bem mais palatável.
O mesmo pode ser dito das réplicas zombeteiras que o coronel Chester Phillips (Tommy Lee Jones) endereça ao herói, de longe os melhores momentos do filme.

CAPITÃO AMÉRICA - O PRIMEIRO VINGADOR
DIREÇÃO Joe Johnston
PRODUÇÃO EUA, 2011
COM Chris Evans, Hugo Weaving
ONDE nos cines Anália Franco, Frei Caneca Unibanco e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO regular


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