São Paulo, quarta, 29 de julho de 1998

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Advogado nega sonegação

da Reportagem Local

Apesar de o escritório da Receita Federal paulista afirmar que existe sonegação de impostos, o advogado Marcelo Saraiva nega as acusações de sonegação e de utilização de dois fluxos fiscais: um real e outro para o imposto.
"Não acredito que haja sonegação. Acho que a carga tributária é muito alta", explica.
O advogado Luís Monteiro, da Receita Federal, diz que há um grupo especial que fiscaliza a realização de shows internacionais. "Por motivos de sigilo fiscal, não posso dar mais detalhes, só que é um setor em que circula muito dinheiro e que há sonegação."
Segundo Saraiva, "o promotor de shows vai faturar, vai declarar o que deve e depois não vai pagar. Patrocinadores não vão te dar dinheiro se você não emitir nota. O dinheiro do patrocinador é impossível de ser sonegado. Talvez não pague os impostos, mas não sonega. Há processos em que querem que eu pague R$ 1 milhão. Digo que vou pagar R$ 500 mil".
Saraiva também se apóia no fato de haver muitos fiscais em cada show, o que dificulta a sonegação de impostos, como o ISS.
"Há sempre uns cinco ou seis fiscais. Se não é do Ecad, é do ISS, é dos sindicatos, é da Ordem dos Músicos... A cobrança é feita diretamente na bilheteria", afirma.
Ele ainda considera o excesso de preocupação da Receita Federal desnecessário. "Não tem razão. É tão pequeno o valor, se comparado a outras atividades, que isso é pequeno para a Receita Federal."



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