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Advogado nega sonegação
da Reportagem Local
Apesar de o escritório da Receita
Federal paulista afirmar que existe
sonegação de impostos, o advogado Marcelo Saraiva nega as acusações de sonegação e de utilização
de dois fluxos fiscais: um real e outro para o imposto.
"Não acredito que haja sonegação. Acho que a carga tributária é
muito alta", explica.
O advogado Luís Monteiro, da
Receita Federal, diz que há um
grupo especial que fiscaliza a realização de shows internacionais.
"Por motivos de sigilo fiscal, não
posso dar mais detalhes, só que é
um setor em que circula muito dinheiro e que há sonegação."
Segundo Saraiva, "o promotor
de shows vai faturar, vai declarar o
que deve e depois não vai pagar.
Patrocinadores não vão te dar dinheiro se você não emitir nota. O
dinheiro do patrocinador é impossível de ser sonegado. Talvez
não pague os impostos, mas não
sonega. Há processos em que querem que eu pague R$ 1 milhão. Digo que vou pagar R$ 500 mil".
Saraiva também se apóia no fato
de haver muitos fiscais em cada
show, o que dificulta a sonegação
de impostos, como o ISS.
"Há sempre uns cinco ou seis
fiscais. Se não é do Ecad, é do ISS,
é dos sindicatos, é da Ordem dos
Músicos... A cobrança é feita diretamente na bilheteria", afirma.
Ele ainda considera o excesso de
preocupação da Receita Federal
desnecessário. "Não tem razão. É
tão pequeno o valor, se comparado a outras atividades, que isso é
pequeno para a Receita Federal."
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