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Documentário
Lento, "JK" nega dinamismo dos 50
DA REPORTAGEM LOCAL
A julgar pelo ritmo deste primeiro episódio, a série "JK",
que o GNT exibe em cinco capítulos a partir de hoje, precisaria
de muito mais deles para entregar o que promete. Na estréia, o
documentário, que pretende
explorar a era Juscelino Kubitschek além da figura do presidente, como o estupro e a
morte de Aida Cury e as gangues de rua, fica só nele.
O homem que "quebrava
protocolos docemente", o "presidente bossa nova", o "pop
star" são algumas das alcunhas
atribuídas a JK pelos entrevistados, entre eles os roteiristas
Alcides Nogueira e Maria Adelaide Amaral, que escreveram a
minissérie da TV Globo "JK", o
escritor Geraldo Carneiro, a filha dele Maria Estela Kubitschek Lopes e o arquiteto Oscar
Niemeyer.
Este último lembra a primeira conversa que teve com Kubitschek, quando o presidente,
então prefeito de Belo Horizonte, encomendou-lhe a Pampulha. Niemeyer conta que voltou para o hotel e fez o projeto
em um dia, em sintonia com a
era de transformações capitaneada por JK no país.
Mas, se foi dinâmico o Brasil
cinqüentista, o documentário é
justo o contrário. Enfadonho,
de poucos recursos visuais,
além de imagens de arquivo e
com entrevistas que se atropelam, deixa só na imaginação o
legado do estadista.
(SILAS MARTÍ)
JK
Quando: hoje, às 22h
Onde: GNT
Classificação indicativa: não informada
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