Com fama de "excêntrico", pianista faz apresentação beneficente

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um dos principais pianistas de jazz da atualidade, o americano Brad Mehldau, 40, está de volta à cidade.
Hoje, na Sala São Paulo, ele faz recital solo para a Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer).
Celebrado como artista criativo, refinado e "excêntrico" (é avesso a entrevistas, costuma definir o repertório no instante da apresentação), Mehldau esteve na cidade em cinco oportunidades, sozinho ou acompanhado por seu trio.
Foram aparições festejadas pela crítica. Sobre seu primeiro show no Brasil, em 2000, Carlos Calado louvava na Folha o talento improvisador, capaz de "desconstruir uma melodia e, ao longo da improvisação, reconstruí-la a partir de um simples fragmento melódico ou rítmico".
Sobre outro espetáculo do pianista, em 2006, Calado disse, na Folha: "O jazz norte-americano pode não viver hoje uma de suas fases mais inventivas, mas Mehldau é uma estimulante exceção".
O material de divulgação informa que o espetáculo de hoje será constituído de releituras de canções de bandas pop como Nirvana e Radiohead, além de clássicos do cancioneiro americano, dos irmãos Gershwin e da dupla Rodgers e Hammerstein.
Deve haver ainda composições de Chico Buarque, como "Samba e Amor" e "Retrato em Branco e Preto" (parceria com Tom Jobim).