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GUERRA DE AUDIÊNCIA
"O limite é a consciência
de cada comunicador"
da Reportagem Local
Gugu Liberato vem se mostrando uma das maiores armas do SBT
na batalha pela audiência. Seu
contrato com a emissora vai até
2002.
Além de vencer o "Domingão
do Faustão" por dois finais de semana consecutivos, o apresentador começa também a incomodar
nas noites de sábado.
No último dia 25, o "Sabadão",
das 22h59 à 0h10 no SBT, fechou o
horário com média de audiência
de 20 pontos, contra 16 da Globo
(cada ponto equivale a cerca de 80
mil telespectadores na Grande São
Paulo). Depois da batalha do último domingo, Liberato deu a seguinte entrevista à Folha por fax.
(MARIANA SCALZO)
Folha - No último "Domingo Legal", você apostou numa linha
mais sentimentalista, com o grupo
É o Tchan entregando presentes a
crianças e também com o quadro
do mendigo. Isso vai ser uma tendência?
Gugu Liberato - Desde que assumi este horário, das 15h às
19h30, resolvi com minha produção que reduziríamos os quadros
envolvendo mulheres para abordar temas mais ligados a variedades, musicais, entrevistas com
ídolos e enfoques jornalísticos. O
caso da entrega da ambulância e
do cheque feita pelo grupo É o
Tchan foi o resultado de um leilão
que ocorreu na semana retrasada.
Não foi simplesmente entregar
presentes a crianças.
Quanto ao mendigo, trata-se de
um quadro novo que se chama
"Sentindo na Pele".
Não se trata unicamente de um
quadro triste. Estarei atuando como um repórter que sai em campo
para vivenciar determinadas realidades, determinadas situações.
Pode ser algo triste -como foi
nesse domingo- algo curioso, alguma denúncia etc.
Folha - O seu programa começou
dez minutos antes do previsto e
até as 16h30 estava muito "morno", apresentando apenas chamadas para as atrações. Suas "armas" só entraram no palco depois
que começou o Faustão. Você tinha medo da reação da Globo?
Liberato - O programa começou no horário e foi se montando
de acordo com o momento e a receptividade do espectador. Seria
mentiroso dizer que a entrada de
Fausto Silva não representava um
grande desafio. Mas o "Domingo
Legal" sempre foi assim, ele vai se
formatando de acordo com a receptividade do público.
Folha - É verdade que você está
diminuindo a quantidade de quadros com mulheres no programa
por acreditar que a audiência das
15h às 19h é diferente da das 12h
às 16h?
Liberato - É. Sinto que nessa
nova faixa de horário existem mais
mulheres ligadas na TV. As donas-de-casa já estão livres de seus
afazeres e aproveitam a tarde para
relaxar. E a televisão ainda representa a grande diversão do público.
Folha - Daqui para a frente, qual
a sua expectativa em relação à audiência do "Domingo Legal"?
Liberato - Que ele continue
sendo bem recebido pelo público.
Afinal, concorrências à parte, todo
programa é feito com esse fim.
Acredito no potencial do programa, conto com uma equipe azeitada e sei que ele poderá me render
muitos bons frutos.
Folha - Até onde você acha que
um apresentador pode ir na guerra pelo ibope? O que você não faria, de maneira nenhuma, para
conseguir alguns pontos a mais na
audiência? Qual o limite?
Liberato - A briga pelo ibope
sempre existiu. Isso não é novidade. O que eu jamais faria? Faltar
com respeito ao meu público, humilhar alguém, mostrar mentiras... O limite é a consciência de
cada comunicador.
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