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TELEVISÃO
Pokemonmania movimenta
US$ 5 bi no mundo todo em 99
FÁBIO ZANINI
de Londres
Eles estão em vitrines, estações
de metrô, postes, ônibus e muros
de Londres, não saem da televisão
e começam a ser estudados seriamente por especialistas em busca
de uma explicação.
Os pokemons, monstrinhos
personagens de um videogame
japonês, chegaram a Londres na
semana passada, depois de arregimentar milhões de adeptos no Japão, nos EUA e mesmo no Brasil.
Descrita pelo jornal "The Guardian" como "o maior fenômeno
cultural importado do Japão desde Godzilla", a Pokemonmania se
tornou um sucesso instantâneo
entre as crianças inglesas.
Pokemon, diminutivo de pocket monster (monstros de bolso),
começou como um jogo do videogame portátil Gameboy, em
95, no Japão. Desde então, 12 milhões de unidades já foram vendidas por lá. Nos EUA, em apenas
um ano, foram comercializados 6
milhões de jogos Pokemon.
O conceito é simples, mas inovador. O protagonista do jogo é
Ash, um garoto que sonha ser
treinador de artes marciais. Vivendo num mundo mágico, ele
começa a treinar monstrinhos
que vai encontrando pelo caminho e pegando para criar. À medida que são alimentados e treinados, os monstrinhos vão crescendo e se transformando em mestres lutadores de artes marciais.
Mas a "sacada" da Nintendo foi
transformar Pokemon em um jogo interativo. A exemplo dos Tamagotchi, "bichinhos virtuais"
que foram mania no Brasil no ano
passado, os monstrinhos de Pokemon têm "vida própria".
Ligando seus Gameboys por cabos, dois amigos podem colocar
seus monstrinhos para duelar. E,
se um monstro-aprendiz não está
sendo bem tratado, ele pode "fugir" de um aparelho para outro.
Neste ano, a marca Pokemon
deve movimentar US$ 5 bilhões
em todo o mundo. Os joguinhos
são apenas o começo do meganegócio: desenho animado, filme,
incontáveis sites na Internet, bonecos de pelúcia, comida enlatada
e até um parque temático, no Japão, vieram a reboque.
Mas o sucesso não é unânime.
"Os Pokemons são um crime
contra a humanidade. Nossa missão é livrar o mundo deste mal",
diz o manifesto de uma certa "Liga Anti-Pokemon", que está sendo divulgado pela Internet.
Algumas escolas dos EUA e do
Brasil até proibiram o "comércio"
de cartões dos monstrinhos entre
as crianças.
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