São Paulo, Sexta-feira, 29 de Outubro de 1999
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EVENTO
Diretor falou sobre "Homo Sapiens 1900"
Para Cohen, a eugenia está ultrapassada hoje

especial para a Folha

A 23ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, a Folha e o Espaço Unibanco de Cinema promoveram na noite da última quarta uma conversa entre o cineasta Peter Cohen e o público, após a exibição de "Homo Sapiens 1900".
O documentário, que será apresentado na Mostra, no domingo, fala sobre as teorias eugênicas que vigoraram, sobretudo, até os anos 40, na União Soviética, Alemanha, Suécia e Estados Unidos.
"Mas foi uma tendência mundial na primeira metade do século e que a ciência moderna tratou de relegá-la", disse o cineasta sueco, diretor de "Arquitetura da Destruição" (89), que documenta o nazismo sob um viés pouco visto no cinema, o da estética.
Cohen não poupou seu país, ao falar que, apesar de a eugenia ter se tornado ultrapassada com o fim da Segunda Guerra, a Suécia a manteve até 1970. Lembrou, ainda, que a eugenia chegou ao Brasil, em 1917, e teve seu auge em 1930.
A platéia perguntou o significado da frase que aparece mais de uma vez no filme. ""A imagem do homem desperta compaixão" foi uma forma poética para dizer que, às vezes, devemos nos temer, termos pena do que somos, sabermos de nossos limites", disse Cohen. (PSL)


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