São Paulo, segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Björk marcha entre bandeiras

Islandesa se apresenta no Tim com equipe de sopros; Hot Chip diz que platéia de SP e melhor que a do Rio

Vocalista do Spank Rock se joga na platéia; público de 23 mil pessoas lota principal noite da versão paulistana do festival, no Anhembi

DA REPORTAGEM LOCAL

Vestindo um manto colorido, turbante de pompom e escudada por dez instrumentistas de sopro, a islandesa Björk iniciou às 22h05 de ontem seu show na parte paulista do Tim Festival.
Até as 21h, a organização do evento dizia terem sido vendidos 20 mil ingressos para o evento, ocorrido no complexo do Anhembi, na zona norte. De acordo com a PM, até as 22h, o público era de 23,3 mil pessoas.
O evento teve início às 19h (o horário inicial era 18h30), com o grupo norte-americano Spank Rock. Em seguida, vieram Hot Chip e Björk. Após o fechamento desta edição, ainda tocariam Juliette and the Licks, Arctic Monkeys e The Killers.
O público foi distribuído por dois locais: a área VIP, na frente do palco, cujo ingresso custava R$ 400, e uma "pista comum", com ingressos a R$ 200.
O movimento de público começou já na madrugada de domingo. A estudante Helena Jardim Rondon, 19, entrou na fila às 6h. Com o rosto vermelho de sol, ela quase ficou esmagada na primeira fileira atrás da área VIP, aguardando Arctic Monkeys e The Killers. "Várias pessoas passaram mal", disse ela. No posto médico, até as 22h, foram 52 atendimentos.
Grande parte do público chegou para assistir à apresentação de Björk, o que causou grandes filas nos portões do Anhembi por volta das 19h.
O som, problema crônico do Anhembi, estava alto, diferentemente do ocorrido no Tim Festival de 2005, quando os Strokes tocaram e apenas quem estava na área VIP ouviu.

Björk
O show de Björk iniciou imponente, com a equipe de sopros entrando enfileirada no palco, tocando uma marcha. O figurino e a voz dela deixaram o público eufórico. O palco foi decorado com bandeiras.
O começo da apresentação paulistana foi igual ao da carioca, com "Earth Intruders", de seu último álbum, "Volta". Depois, vieram as antigas "Jóga", "Pagan Poetry" e "Hunter".
A primeira banda da noite, os rappers Spank Rock, veio ao Brasil com dois MCs, dois DJs, quatro percussionistas e uma vocalista convidada. O show foi curto, apenas 40 minutos.
A apresentação teve caráter performático, com coreografias insinuantes. Ao final, o vocalista se jogou na platéia.
O grupo de electro-pop Hot Chip sofreu com uma pane na distribuição do sistema de som, o que deixou o Anhembi silencioso por cerca de dez minutos. Depois, o problema foi solucionado e a banda recomeçou a apresentação com o cantor Alexis Taylor dizendo que a platéia paulista superou a carioca. A música final, "Over and Over", levantou o Anhembi.
(BRUNA BITTENCOURT, BRUNO YUTAKA SAITO, CRISTINA FIBE, MARCO AURÉLIO CANÔNICO, RAQUEL COZER, TEREZA NOVAES, THIAGO NEY)


Texto Anterior: Mônica Bergamo
Próximo Texto: Notas dissonantes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.