São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Falta braço na Ancine para cumprir nova lei da TV paga

Regulamentação deve ocorrer até março

ELISANGELA ROXO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Já tem dia para acabar a primeira etapa de implementação da nova lei brasileira que regula o setor do audiovisual: 12 de março de 2012.
Na data, a Ancine (Agência Nacional de Cinema) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) devem apresentar seus projetos de regulamentação para lei 12.485 (o antigo PL 116), que define novos parâmetros para o funcionamento da TV paga no país.
"Ancine e Anatel trabalham simultaneamente para cumprir o prazo", explicou à Folha Glauber Piva, diretor da Ancine.
Um conselho de comunicação social, ainda a ser criado com representantes do setor, vai analisar as propostas das duas agências. Haverá também um período de consulta pública para ambos os projetos apresentados.
O maior desafio da Ancine, segundo Piva, será fiscalizar o cumprimento das cotas de programação dentro dos três anos determinados para a implementação da lei.
"Temos pessoas qualificadas, mas falta braço e tecnologia para acompanhar o que a legislação determina." A lei obriga os canais pagos a exibir uma cota mínima semanal de três horas e meia, no horário nobre, de conteúdo nacional independente. De acordo com Piva, a italiana RAI, por exemplo, que oferece sua programação em alguns pacotes, terá também de cumprir a cota.
Há ainda a "cota-pacote", que determina que as operadoras ofereçam um canal brasileiro de conteúdo qualificado a cada três que compõem seus pacotes.
Neste caso, o desafio da Ancine é definir o que é o tal conteúdo qualificado.
"A lei determina o que não é, agora temos de especificar o que é essa qualificação."


Texto Anterior: Televisão - Crítica/Série: "Macho Man" precisa provar sua força na segunda temporada
Próximo Texto: Laertevisão
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.