São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2011

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Polonês estrela ópera 'Don Giovanni' no Metropolitan de NY

Recuperado de cirurgia, barítono Mariusz Kwiecien canta em récita exibida em cinemas no Brasil e em 52 países

Com regência de Fabio Luisi, obra será transmitida hoje, ao vivo, às 15h, em salas de SP, Rio e Porto Alegre

Nick Heavican/Metropolitan Opera
O barítono polonês Mariusz Kwiecien, que interpreta o protagonista de ‘Don Giovanni’

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Recuperado de uma cirurgia que o deixou de fora da estreia da ópera, o barítono polonês Mariusz Kwiecien, 38, é o protagonista da montagem do Metropolitan de Nova York de "Don Giovanni", de Mozart.
O espetáculo será exibido hoje ao vivo, às 15h, em cinemas de São Paulo, Rio, Porto Alegre, Santos, São José dos Campos e Maringá (confira a lista completa das salas em mobz.com.br).
No ensaio do último dia 10, Kwiecien teve sua hérnia de disco seriamente agravada durante a cena em que seu personagem tem um duelo de espadas com o Comendador. Como resultado, não pôde atuar na estreia da produção dirigida por Michael Grandage, três dias depois.
O cantor foi operado e, duas semanas depois da cirurgia, voltou aos palcos, na última terça-feira.
"Claro que fazer o duelo foi psicologicamente difícil, mas a récita transcorreu muito bem, e estou pronto para cantar no sábado [hoje]", afirmou à Folha, por telefone.
Com regência do italiano Fabio Luisi (que assumiu como regente titular do Met no mês passado, depois que James Levine se machucou em um acidente doméstico), a montagem traz Luca Pisaroni como Leporello, Marina Rebeca como Donna Anna e Barbara Frittoli como Donna Elvira.
"Meu personagem faz uma grande jornada, que termina no inferno", define o barítono. "Meu desafio é não ser ofuscado por um personagem simpático como Leporello, ou pelas mulheres, que têm árias muito belas."
A abertura das transmissões da temporada 2011-12 do Met para o Brasil aconteceu no último dia 15, com "Anna Bolena", de Donizetti. Houve queixas generalizadas de espectadores de São Paulo e Rio de Janeiro, que pagaram R$ 60 pelos ingressos, quanto à qualidade do som.
Fábio Lima, diretor-executivo da Mobz, responsável pelas transmissões, atribuiu as queixas a problemas técnicos de compressão, que teriam ocorrido durante a captação do sinal enviado pelo Met e sua subsequente transmissão aos cinemas brasileiros.
"Foram feitos testes nesta semana, e acreditamos que o problema esteja resolvido", afirmou Lima.

Leia crítica da ópera por Sidney Molina
folha.com/no998199



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