São Paulo, terça-feira, 29 de novembro de 2005

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Calcinha Preta se torna fenômeno após pesquisa

DA REPORTAGEM LOCAL

"O que você acha de um banda de forró ter o nome Calcinha Preta?" Mais de 90% do entrevistados aprovaram a idéia, e o empresário e colecionador de calcinhas pretas Gilton Andrade, que encomendou a pesquisa de opinião, contratou músicos e lançou o grupo.
O "case" -como os publicitários chamam histórias interessantes do mercado- aconteceu em Aracaju, nove anos atrás. Hoje, um número prova que Andrade fez a aposta certa: mais de 3,2 milhões de CDs já foram vendidos.
O sucesso atinge o Sudeste do país, já vai além da comunidade de migrantes nordestinos em São Paulo e chega à TV. Calcinha Preta é o novo nome de um filão de mercado pelo qual já passaram outros sucessos do forró, como Mastruz com Leite e Magnificus. Para eles, assim como para a Banda Calypso, a crise do mercado fonográfico é lenda. Mas, diferentemente da Calypso, na qual os próprios astros Chimbinha e Joelma são também os donos do negócio, a Calcinha funciona em outro esquema, forte na música nordestina: o de bandas de empresário.
Gilton Andrade paga salário a seus músicos, que não dizem um "ai" sem autorização do patrão. É semelhante ao negócio do É o Tchan, febre que enfim passou.
Calypso e Calcinha juram que suas músicas são totalmente diferentes. Em primeiro lugar, porque o primeiro não é forró. Se alguém quiser comparar, boa sorte. Há no quadro ao lado um hit da Calypso e, a seguir, trecho de "A Moçada É Só Filé", do Calcinha: "Sou apaixonado/ Por vaquejada e mulher/Onde tem calcinha preta/A moçada é só filé". (LM)


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