|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Calcinha Preta se torna fenômeno após pesquisa
DA REPORTAGEM LOCAL
"O que você acha de um banda
de forró ter o nome Calcinha Preta?" Mais de 90% do entrevistados
aprovaram a idéia, e o empresário
e colecionador de calcinhas pretas
Gilton Andrade, que encomendou a pesquisa de opinião, contratou músicos e lançou o grupo.
O "case" -como os publicitários chamam histórias interessantes do mercado- aconteceu em
Aracaju, nove anos atrás. Hoje,
um número prova que Andrade
fez a aposta certa: mais de 3,2 milhões de CDs já foram vendidos.
O sucesso atinge o Sudeste do
país, já vai além da comunidade
de migrantes nordestinos em São
Paulo e chega à TV. Calcinha Preta é o novo nome de um filão de
mercado pelo qual já passaram
outros sucessos do forró, como
Mastruz com Leite e Magnificus.
Para eles, assim como para a Banda Calypso, a crise do mercado fonográfico é lenda. Mas, diferentemente da Calypso, na qual os próprios astros Chimbinha e Joelma
são também os donos do negócio,
a Calcinha funciona em outro esquema, forte na música nordestina: o de bandas de empresário.
Gilton Andrade paga salário a
seus músicos, que não dizem um
"ai" sem autorização do patrão. É
semelhante ao negócio do É o
Tchan, febre que enfim passou.
Calypso e Calcinha juram que
suas músicas são totalmente diferentes. Em primeiro lugar, porque o primeiro não é forró. Se alguém quiser comparar, boa sorte.
Há no quadro ao lado um hit da
Calypso e, a seguir, trecho de "A
Moçada É Só Filé", do Calcinha:
"Sou apaixonado/ Por vaquejada
e mulher/Onde tem calcinha preta/A moçada é só filé".
(LM)
Texto Anterior: Música: Febre popular, Banda Calypso vende 5 mi Próximo Texto: Panorâmica - Música: Claro que É Rock no Rio fica sem Nação Zumbi Índice
|