JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Eles têm nomes intermináveis, difíceis de pronunciar e decifrar para quem não domina a língua do país, é verdade. Mas não se pode negar que os bons vinhos alemães estão entre os mais deliciosos do planeta.
Os brancos são a especialidade local, com destaque para os da uva riesling, cujo mosto, muitas vezes, não é completamente fermentado, resultando em vinhos moderados no álcool e com açúcar residual que equilibra a sua alta acidez.
Os melhores estão na categoria "Qualitätswein mit Prädikat", ou "QmP" -vinhos de qualidade e distinção- e são classificados dentro dela como Kabinett, Spätlese, Auslese, Beerenauslese, Trockenbeerenauslese ou Eiswein, na ordem crescente do teor de açúcar das suas uvas.
Johannes Selbach, dono da Selbach-Oster, uma renomada adega da região de Mosel, visitou São Paulo para apresentar seus riesling, dando uma bela amostra do potencial desses vinhos.
Brilhou, entre eles, o Zeltinger Himmelreich (nome do vinhedo) Kabinett Halbtrocken (meio seco) 2005, rico em toques minerais, de pêssegos e frutas cítricas, equilibrado e persistente (90/100, R$ 73,42). Muito bom também o Bernkasteler Badstube Spätlese 2003, bem mais doce, combinando traços defumados, minerais e de frutas tropicais, no seu paladar longo (90/100, R$ 94,94, todos à venda na Vinci, tel. 0/xx/11/6097-0000).

SUGESTÃO ATÉ R$ 40
ENSAIOS 2005
Avaliação: 87/100
Bom para: carnes vermelhas, presunto cru
Preço: R$ 32,90
Onde: na Casa Flora, tel. 0/xx/11/3327-5199

CORTE LUSO
Tinto português elaborado pela enóloga Filipa Pato, é feito com uma mescla de uvas baga e touriga nacional, frutado, sem arestas, equilibrado e agradável.


Texto Anterior: Bom e barato: Radial Grill cai no lugar-comum, mas tem boa costela
Próximo Texto: Nina Horta: Um time para não botar defeito
Índice