São Paulo, segunda-feira, 29 de novembro de 2010

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Diários revelam incômodos pelo Brasil

DO RIO

As viagens de d. Pedro 2º pelo Brasil ajudavam a legitimar a monarquia em regiões mais distantes da capital e permitiam ao monarca verificar in loco reclamações dos súditos. Seus relatos também deixam entrever alguns incômodos do percurso.
A primeira grande incursão pelo país foi realizada entre 1859 e 1860, quando viajou do Rio de Janeiro à Paraíba, passando por diversos Estados.
Na Bahia, o monarca anotou: "Na fazenda dos Olhos d'Água fiquei muito mal acomodado na senzala -nome que convém à casa que aí há-, mas sempre arrumei cama em lugar de rede e dormiria bem, apesar das pulgas, cujas mordeduras só senti no outro dia de manhã".
Adiante, em Sergipe: "Cadeia toda esburacada com dois guardas quase em fraldas de camisa que se puseram a correr atrás do único preso que saiu da prisão para me ver".
Numa passagem por Minas Gerais, em 1862, anotou: "A instrução pública vai mal na província, julgando muito precisa a criação dum colégio à semelhança do de Pedro II na capital. Pouca cultura e mesmo criação".


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