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entrevista
Ampliação é algo normal, diz Jack Lang
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS
A polêmica sobre a expansão internacional dos
museus franceses mobilizou também o mundo político do país. Entre as vozes que se levantaram para
defender os projetos, a que
mais teve eco foi a do socialista Jack Lang, ex-ministro da Cultura.
Não é para menos. Lang,
que foi nomeado ministro
em 1981 pelo então presidente François Mitterrand, é um dos políticos
mais respeitados no universo artístico da França.
Crítico atroz da atual
política cultural francesa e
defensor do financiamento público dos museus,
Lang não hesitou em se
declarar a favor do projeto
de Abu Dhabi.
Em entrevista à Folha,
o ex-ministro francês disse que a atual polêmica sobre Abu Dhabi é absurda.
Segundo ele, é normal que
uma grande instituição
como o Louvre esteja presente em diferentes partes
do mundo, "desde que a
direção do museu na
França preserve o controle científico, técnico e cultural das exposições".
Jack Lang também rebateu as críticas de que o
patrimônio cultural francês esteja sendo vendido a
instituições estrangeiras e
afirmou que as coleções
dos museus franceses são
inalienáveis.
"Ao contrário do que
afirmam alguns, o Louvre
não está se mercantilizando. Ele simplesmente organiza exposições e tem
projetos de abrir anexos
em outras partes do mundo. Naturalmente, essas
operações têm uma contrapartida financeira. Se
ela é privada ou pública,
não tem muita importância", afirma ele.
Para Lang, a polêmica
suscitada pelos autores do
manifesto significa uma
"apropriação cultural e
moral de um grupo de pessoas que deseja reservar o
acesso à cultura a uma população restrita".
(ACD)
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