São Paulo, sexta, 30 de janeiro de 1998

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Jean-Jacques Goldman

da Reportagem Local

Em meados da década de 70, Jean-Jacques Goldman sonhava em escrever música para outros artistas interpretarem.
Como ninguém se interessava, ele passou a cantar as próprias canções. Hoje, mais de duas décadas depois, Goldman, 46, é uma das maiores estrelas da música na França.
Lançado no final do ano passado, "En Passant", seu sexto álbum solo, vendeu 650 mil cópias em apenas duas semanas.
Chegou ao primeiro lugar das paradas. O mesmo posto ocupado por "Sache Que Je", a música de trabalho que abre o disco.
"En Passant" quebrou um jejum de quatro anos sem lançar um álbum.
E o hiato entre o novo disco e seu último trabalho solo é ainda maior. "Entre Gris Clair et Gris Foncé" data de 1987.
"En Passant" é um disco eminentemente acústico, delicado e com tinturas de blues, mas um tanto sombrio e melancólico.
Reflete um pouco o estado de Goldman, que estava se separando de sua mulher.
O assunto é abordado em "Quand Tu Danses" e "Les Murailles".
"En Passant" é agradável e pop. Com belos momentos, como "Bonne Idée", em que cita os pais e "Natacha", uma balada eslava com balalaica.
Com sua vendagem, hoje, há fila de cantores pedindo músicas para Goldman, que se tornou um rei Midas do pop francês.
Vários estilos
Nos últimos anos, ele compôs para alguns dos principais artistas da França, independente de seus estilos, como o argelino Khaled, Patricia Kass e -ninguém é perfeito- Johnny Halliday e Céline Dion.
E se tornou uma unanimidade. Fato estranho para uma figura do showbiz que é o mais distante possível da imagem de superstar -odeia aparecer na capa de revistas e costuma levar seus filhos à escola, por exemplo.
Talvez por isso uma pesquisa divulgada no final de dezembro na França o colocava em segundo lugar como a personalidade mais querida dos franceses -perdendo apenas para o Abade Pierre, um religioso que se ocupa de obras sociais. (LAR)

Disco: En Passant Artista: Jean-Jacques Goldman Lançamento: Sony (importado)



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