São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 2005

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TELEVISÃO

Apresentadora canadense Sue Johanson dará conselhos teóricos e práticos em "Sunday Night Sex Show", no GNT

Vovó do sexo estréia novo programa em maio

ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

Para a "dama atrevida do sexo", há apenas dois tabus na vida: sua família e a idade. "Isso fica entre Matusalém e eu", brincou ontem a apresentadora de "Falando de Sexo com Sue Johanson" e do canadense "Sunday Night Sex Show" durante uma coletiva, em São Paulo. Com cara de vovó e conhecimentos que ficam a apenas um passo ao das prostitutas -como ela mesmo assume- , Sue está no Brasil para divulgar a estréia de "Sunday Night" no Brasil em maio, no embalo do sucesso do norte-americano.
No novo programa, ela deve dar dicas teóricas, como, por exemplo, da receita da boa vida sexual. Para alcançar o feito, recomenda um pacote fechado: "Saber o que você está fazendo, planejar com antecedência, nunca deixar o sexo simplesmente acontecer", diz. Em tom professoral, Sue dá dicas como "sexo bom não é necessariamente alcançar o orgasmo" e "o importante é ter um senso de conexão". Mas vai além, ao fazer sugestões mais "práticas": mostra como utilizar assessórios sexuais e dá conselhos explícitos sobre como esquentar uma sessão de sexo por telefone.
Para Sue, vale tudo para apimentar a vida sexual. Literalmente. Já chegou a discutir o uso de pimenta malagueta no sexo oral com uma telespectadora. "Sou contra coerção, manipulação, violência e exploração. Mas, se ambos os parceiros estiverem de acordo, tudo bem."
Com a naturalidade de quem é parada na fila do supermercado para falar de vibradores, a senhora de aparentemente 70 anos se posiciona favorável ao "auto-sexo" e a um número razoável de relações sexuais por semana (que considera a partir de três vezes).
A idade, apesar de tabu, é assunto constante e definitivo para o trabalho da canadense. Ela diz que se fosse "uma loira com peitos exuberantes" não seria respeitada como é.
Enfermeira por formação, Sue especializou-se em educação sexual depois de passar por uma experiência pessoal em 1969, quando teve de levar a amiga da filha até os Estados Unidos para fazer um aborto. O fato marcou sua decisão de lutar para implantar um programa de controle de natalidade nas escolas canadenses. Sue passou a dirigir uma clínica para adolescentes e, em pouco tempo, foi convidada para tirar dúvidas no rádio. Na televisão, está há 30 anos, sempre na TV paga.
Atualmente à frente de dois programas, Sue afirma que a diferença entre eles é equivalente às culturais de cada país produtor. Como o nível de informação sobre sexo (discutido desde a escola) do Canadá é mais alto que o dos Estados Unidos, a complexidade das questões também aumenta. Para os fãs de Sue, esse pode ser mais um incentivo para o novo programa.


Falando de Sexo com Sue Johanson
Quando:
de segunda a sexta, às 23h45, no GNT


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