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TELEVISÃO
Apresentadora canadense Sue Johanson dará conselhos teóricos e práticos em "Sunday Night Sex Show", no GNT
Vovó do sexo estréia novo programa em maio
ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a "dama atrevida do sexo",
há apenas dois tabus na vida: sua
família e a idade. "Isso fica entre
Matusalém e eu", brincou ontem
a apresentadora de "Falando de
Sexo com Sue Johanson" e do canadense "Sunday Night Sex
Show" durante uma coletiva, em
São Paulo. Com cara de vovó e conhecimentos que ficam a apenas
um passo ao das prostitutas -como ela mesmo assume- , Sue está no Brasil para divulgar a estréia
de "Sunday Night" no Brasil em
maio, no embalo do sucesso do
norte-americano.
No novo programa, ela deve dar
dicas teóricas, como, por exemplo, da receita da boa vida sexual.
Para alcançar o feito, recomenda
um pacote fechado: "Saber o que
você está fazendo, planejar com
antecedência, nunca deixar o sexo
simplesmente acontecer", diz. Em
tom professoral, Sue dá dicas como "sexo bom não é necessariamente alcançar o orgasmo" e "o
importante é ter um senso de conexão". Mas vai além, ao fazer sugestões mais "práticas": mostra
como utilizar assessórios sexuais
e dá conselhos explícitos sobre como esquentar uma sessão de sexo
por telefone.
Para Sue, vale tudo para apimentar a vida sexual. Literalmente. Já chegou a discutir o uso de pimenta malagueta no sexo oral
com uma telespectadora. "Sou
contra coerção, manipulação,
violência e exploração. Mas, se
ambos os parceiros estiverem de
acordo, tudo bem."
Com a naturalidade de quem é
parada na fila do supermercado
para falar de vibradores, a senhora de aparentemente 70 anos se
posiciona favorável ao "auto-sexo" e a um número razoável de relações sexuais por semana (que
considera a partir de três vezes).
A idade, apesar de tabu, é assunto constante e definitivo para o
trabalho da canadense. Ela diz
que se fosse "uma loira com peitos exuberantes" não seria respeitada como é.
Enfermeira por formação, Sue
especializou-se em educação sexual depois de passar por uma experiência pessoal em 1969, quando teve de levar a amiga da filha
até os Estados Unidos para fazer
um aborto. O fato marcou sua decisão de lutar para implantar um
programa de controle de natalidade nas escolas canadenses. Sue
passou a dirigir uma clínica para
adolescentes e, em pouco tempo,
foi convidada para tirar dúvidas
no rádio. Na televisão, está há 30
anos, sempre na TV paga.
Atualmente à frente de dois
programas, Sue afirma que a diferença entre eles é equivalente às
culturais de cada país produtor.
Como o nível de informação sobre sexo (discutido desde a escola) do Canadá é mais alto que o
dos Estados Unidos, a complexidade das questões também aumenta. Para os fãs de Sue, esse pode ser mais um incentivo para o
novo programa.
Falando de Sexo com Sue Johanson
Quando: de segunda a sexta, às 23h45,
no GNT
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