São Paulo, terça-feira, 30 de março de 2010 |
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Experiências secretas
Folha visita arquivo inédito do artista Flávio de Carvalho que será base de mostras
SILAS MARTÍ ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS (SP) Numa sala de luz fria, a arquivista usa luvas brancas para mexer nas pilhas de papéis. Um silêncio incômodo contrasta com os documentos de alta voltagem nessas caixas de plástico. Depois de mais de dez anos de negociações, a Unicamp comprou a metade que faltava dos arquivos de Flávio de Carvalho (1899-1973), até agora na casa de um amigo do artista. No fim de vida solitário que teve, Carvalho deixou com J. Toledo, autor do "Dicionário de Suicidas Ilustres", que depois se matou, quase tudo o que estava em seus arquivos na fazenda Capuava, em Valinhos (SP). Juntou pó até agora esse conjunto de projetos arquitetônicos, filmes inéditos, manuscritos e textos sobre moda e psicanálise. Abertas as caixas, o silêncio sobre a figura ímpar de Carvalho, um dos maiores e mais polêmicos nomes do modernismo, começa a se dissipar. Dessas caixas empoeiradas vai sair uma boa parte do que estará nas mostras dedicadas ao artista neste ano -da retrospectiva no Museu de Arte Moderna à Bienal de São Paulo, passando por exposição no Reina Sofía, em Madri- e um livro com reflexões sobre a moda. Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Carvalho pensou atitude como forma Índice |
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