São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 2011

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Obra de Drummond será editada pela Cia. das Letras

Publicação dos livros começa em 2012, em versão impressa e eletrônica

Poeta mineiro era antes editado pela Record; mudança buscou novo perfil editorial, afirma agente literária

DE SÃO PAULO

Os livros do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) passarão a ser editados pela Companhia das Letras.
O anúncio foi feito na manhã de ontem pela editora. A obra do poeta, fora alguns títulos especiais que saíram pelo Instituto Moreira Salles e pela Cosac Naify, era editada antes pela Record.
Matinas Suzuki Jr., diretor executivo da Companhia das Letras, contou que a editora foi procurada pela família do poeta na semana passada.
"Foi tudo muito rápido. A família nos propôs a mudança", diz ele.
O fator decisivo para a troca de editora teria sido o trabalho que a Companhia das Letras vem realizando com a publicação das obras completas de autores como Vinicius de Moraes (1913-1980), Jorge Amado (1912-2001), Lygia Fagundes Telles e Erico Verissimo (1905-1975).
A obra de Drummond começa a sair pela Companhia a partir de 2012, data que marca os 25 anos de morte do poeta. O título de estreia ainda não foi definido.
No total, a obra completa do autor é formada por 44 livros: 23 de poesia, 20 de prosa (crônicas e contos) e um infantil. Além da versão impressa, todos serão lançados simultaneamente em formato eletrônico, os e-books.
Os livros também ganharão um novo projeto gráfico e a inclusão de notas, introduções e prefácios especiais.
Segundo Suzuki Jr., o acordo reforça a tendência da editora de se especializar em grandes autores brasileiros.
"Trata-se de uma obra extremamente valiosa, é um dos maiores poetas e cronistas do país. Nosso catálogo nacional fica agora muito forte", diz ele.

DESPEDIDA AMIGÁVEL
O contato entre os herdeiros de Drummond (os netos Pedro e Luís Maurício) e a Companhia das Letras foi intermediado pela agente literária Lucia Riff, sócia da Agência Riff.
Segundo ela, a Record tinha feito um bom trabalho nos últimos anos e a saída foi "amigável, sem crise".
"A família estava satisfeita, mas queria uma mudança de perfil editorial. A Companhia das Letras representa um trabalho editorial mais refinado e tem uma força de venda maior."


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