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BALANÇO
Festival lota todas as apresentações
Percpan pode ser exibido em Nova York
CARLOS BOZZO JUNIOR
enviado especial a Salvador
Com exceção da cantora Maria
Bethânia, todos os artistas que participaram da sexta edição do PercPan (Panorama Percussivo Mundial) se apresentaram no sábado,
na última noite do evento, que durou cerca de quatro horas.
Tudo foi repetido, assim como a
preferência do público, que ovacionou -de pé- solos e performances dos índios camaiurás (do
Xingu) -liderados pelo pajé Sapaim-, do trio Techno Suggestion (Naná Vasconcelos, Cyro
Baptista e Leon Gruenbaum), do
indiano Zakir Hussain e dos Tambores do Burundi.
Os 1.554 lugares do teatro Castro
Alves, em Salvador, foram todos
tomados, 15% por convidados e o
restante pelo público, que esgotou
os ingressos disponíveis para as
apresentações.
Para a idealizadora, organizadora e produtora do festival, a socióloga baiana Elisabeth Caires, nesta
edição houve uma maior integração do público com as atrações.
Elisabeth disse ainda não saber o
custo total do evento e não pretender levar o festival para outros Estados brasileiros.
No entanto, a socióloga está em
negociação com o consultor musical da Brooklyn Academy of Music, de Nova York, Danny Kapilian,
para apresentar o evento na cidade
norte-americana, em 2001.
O nova-iorquino, que já produziu inúmeros shows e discos de
jazz pelo mundo, alguns para o selo Blue Note, disse em entrevista à
Folha que está muito interessado
em viabilizar o projeto, mas tudo
dependerá de alguns acertos.
Curioso é saber que Salvador,
onde acontece o evento, já teve,
quando da revolta dos malés (em
1835), proibida a entrada de tambores batá-cotô (tipo de tambor de
guerra usado pelos Eghá em seus
levantes), pois o som dessas batidas alucinava os africanos.
Carlos Bozzo Junior viaja a convite da organização do festival
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