São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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Compositor não recebe por "Silvio Santos Vem Aí"

DA REPORTAGEM LOCAL

Se Archimedes Messina não tem um "a" para reclamar dos 23 anos em que trabalhou para a Varig, com Silvio Santos a história é outra.
Em 1965, ele ainda não era dono do baú e pediu ao colega Messina para criar uma musiquinha que usaria em seu novo programa de TV.
Surgiu "Silvio Santos Vem Aí" ("Agora é hora de alegria, vamos sorrir e cantar"). Do mundo não se leva nada, mas Messina afirma jamais ter sido pago pela execução do jingle nesses mais de 30 anos de domingos. Recentemente, a música passou a ser veiculada em dias de semana também, nos novos programas apresentados por Silvio.
Seu Messina tentou ser atendido pelo homem várias vezes, em vão. Há pouco mais de cinco anos, meio contra sua vontade, concordou com a família e entrou na Justiça. Já ganhou em primeira instância, o SBT recorreu, ganhou de novo.
Pela última decisão, teria de receber por todos os anos de execução, em valor a ser calculado, além de 500 salários mínimos (R$ 175 mil) de danos morais e multa de R$ 1.000 a cada vez que "Silvio Santos Vem Aí" fosse tocada sem sua autorização.
Há um ano e meio, Messina conta ter sido chamado ao SBT por Guilherme Stoliar, sobrinho e conselheiro de Silvio Santos. "Ele me abraçou, falou que direito autoral é sagrado, que faríamos um acordo. Mas nunca mais me procurou."
Na última quinta-feira, a emissora, procurada pela Folha, afirmou apenas ter recorrido ao Superior Tribunal de Justiça. (LM)


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