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"Me divirto fazendo desenhos infantis"
DA REPORTAGEM LOCAL
Se as origens, influências e técnicas os separam, a paixão pelo
desenho e as formações em áreas
correlatas (artes plásticas, belas
artes, história da arte etc.) formam a base comum dos vencedores do 3º Concurso Folha de Ilustração e Humor.
O grande vencedor, o gaúcho
Eloar Guazzelli Filho, afirma ter
influência da escola platina.
"Morando no Rio Grande do
Sul, sofri influências dos países do
Prata, que têm uma tradição muito grande na área de desenho e
ilustração", diz. Ele conta também por que se inscreveu na categoria de ilustração infantil: "Eu
me divirto fazendo desenhos infantis, eles têm o poder de despertar em uma criança o interesse pelo desenho, isso é mágico. É o melhor público, a criança vê inúmeras vezes a mesma animação, o
mesmo desenho, eles dissecam a
obra com uma abordagem inocente, verdadeira".
Já Sandro Castelli, vencedor de
ilustração científica (a categoria
com menos inscritos, 52), diz que
sua participação nesta área surgiu
como conseqüência de seu modo
de desenhar. "Tenho preocupação grande com anatomia, por isso fui chamado para fazer alguns
desenhos científicos em revistas."
O austríaco Jan Limpens-Doenraedt, vencedor da categoria
quadrinhos, teve seu trabalho elogiado por Laerte, jurado e colaborador da Folha. "Achei muito
bom o trabalho dele, tem um tipo
de roteiro muito raro", explica.
Um caso curioso é o do espanhol Pablo Amador, que veio para São Paulo há cinco meses por
causa de uma brasileira que conheceu na Espanha e, em busca
de oportunidades, se inscreveu no
concurso -acabou vencendo a
categoria ilustração livre.
Adams Carvalho, o ganhador
da categoria retrato, é um pintor
que passou a trabalhar com ilustração. "Estou fazendo um caminho inverso ao que os artista normalmente fazem, estou indo das
artes plásticas para a ilustração.
Meu trabalho enfoca mais a questão pictórica do que o lado psicológico do personagem."
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