PAULA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

"A Fábrica", produção latino-americana do Discovery Channel, se propõe a mostrar ao telespectador os "protótipos de amanhã", tecnologias que estarão nas casas das pessoas em pouco tempo.
No primeiro episódio, foram abordados quatro temas, o que parece excessivo para apenas 30 minutos. O resultado é que as explicações sobre a tecnologia em si são superficiais.
O trecho sobre inteligência artificial, por exemplo, apresentou os projetos de dois centros de pesquisa, mas não explicou o que eles trazem de novo em relação ao que já existe.
O narrador limitou-se a discorrer sobre o fato de que, em breve, um computador poderá imitar a mente humana, promessa, de resto, vazia. Outro problema é que o programa se limita a inovações do circuito EUA-Europa-Japão. Uma pena, pois a produção poderia divulgar tecnologia feita por latino-americanos.
O maior trunfo do programa é trazer as novidades para testes no estúdio e nas ruas. O material d3o, por exemplo, que é flexível, mas fica rígido ao sofrer impacto, foi usado por um skatista na forma de uma roupa protetora, enquanto ele fazia manobras em uma "half-pipe". Outro invento, um aparelho ultra-sônico para evitar que cachorros ladrem, foi levado às ruas de Buenos Aires.