São Paulo, segunda-feira, 30 de abril de 2007

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Crítica

Filme de Michael Crichton mostra arte contestadora

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Houve um momento, no século passado, em que os médicos não eram tão respeitados assim. Talvez os anos 60/70, bem contestadores, tenham sido o ápice desse sentimento iconoclástico (rendeu até um filme italiano que fazia referência, já no título, à "máfia de branco").
É nessa onda que entra "Coma" (TCM, 1h30), de Michael Crichton, em que Geneviève Bujold investiga a morte de uma amiga num hospital e descobre que várias mortes ocorreram em circunstâncias muito semelhantes, na mesma mesa de operação.
Nesse tipo de filme não é tanto o médico quanto o tipo de poder absoluto de que desfruta que se açoita, bem entendido. Eles ilustram essa faculdade da arte de não bater continência às idéias dominantes.
É verdade que, de lá para cá, a ciência se tornou uma instituição tão incontestável quanto era no século 19. Mas já lá Mary Shelley deu suas estocadas no dr. Frankenstein, não é verdade?


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