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Estrelas de "Grande Hotel" estão na Coleção Folha
Sétimo volume estará nas bancas neste domingo
DA REPORTAGEM LOCAL
Pode parecer irônico, mas
não é: "Grande Hotel", um filme sobre os bastidores de um
hotel de luxo, é repleto de histórias sobre seus próprios bastidores. Tudo era parte do modo de operação de Hollywood
na época, em que os estúdios se
faziam valer de jornalistas para
plantar histórias -reais ou
não- sobre suas produções,
muito antes de estarem prontas, para criar expectativa.
"Grande Hotel", sétimo volume da Coleção Folha Clássicos
do Cinema, foi planejado como
peça perfeita para esse tipo de
marketing. Lançado em 1932, o
filme é um roteiro formado por
várias histórias, concebido para
abrigar grandes estrelas.
Greta Garbo e Joan Crawford juntas? Não poderia dar
certo! Crawford, irritada com a
insistência de Greta Garbo em
aparecer acima de seu nome no
cartaz, teria se vingado tocando
músicas de Marlene Dietrich, a
quem Garbo odiava, durante os
intervalos das filmagens.
Mas Garbo e Crawford mal se
cruzaram no estúdio, pois seus
personagens não contracenam
na história, e a produção encarregou-se de marcar as cenas de
Crawford pela manhã e as de
Garbo à tarde, justamente para
evitar enfrentamentos indesejados. Essa fofoca é corrente,
mas consta que a rivalidade entre elas seria falsa, produzida
para alimentar colunas sociais.
Para orquestrar o elenco de
estrelas, o produtor Irving G.
Thalberg chamou Edmund
Goulding, um diretor experiente, do teatro inglês, conhecido
por sua habilidade em dirigir
obras de "bom gosto" e "alta
classe" e também como um
verdadeiro "domador de leões"
justamente por ser um hábil
controlador do ego das grandes
estrelas durante as filmagens.
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