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MUNDO GOURMET
Vitrine da boa inspiração
JOSIMAR MELO
Colunista da Folha
A entrada do novo cardápio, de outono
e inverno, é uma boa oportunidade para
revisitar o restaurante Limone, uma casa
animada e de cozinha esforçada desde
sua abertura dois anos e meio atrás.
O cenário tem decoração mediterrânea
banhada por muita luz natural, especialmente na sala principal, disfarçada de
terraço. De dentro, as janelas funcionam
como vitrines da rua, o trecho inicial da
Oscar Freire.
A casa foi criada pelo sócio Lalo Zanini,
32 anos, um empreendedor na área, sócio também do Companhia Asiática, Armazém Paulista e Sushi Company (sua
primeira incursão no setor).
Mas o cardápio tem ainda a mão de um
jovem chef de cozinha, João Vergueiro
Leme, de 27 anos. Ex-aluno da escola
Cordon Bleu de Paris, com estágios em
alguns bons endereços pelo mundo, ele
foi o chef do período inicial do restaurante. Hoje trabalha no Tartari's, mas mantém a consultoria no Limone, onde o titular é o chef Agamenon Oliveira de Lima, 44, também na casa desde o início.
Embora tivesse propostas mais atraentes (ou mais ousadas) no início, o Limone
mantém alguns pratos de boa inspiração,
como salada verde com confit de pato e
pinoli, linguini ao pesto com batatas, vagem e rúcula, risoto de pato com arroz
selvagem, pistache e curry. O risoto de
frutos do mar, carregado no açafrão, não
deixa de ser saboroso, embora um pouco
além do ponto.
O espetinho de cordeiro (com cuscuz
marroquino) poderia ter nacos maiores
de carne, o que impediria que se ressecassem. A carta de vinhos não tem muita
variedade mas também não nos deixa totalmente na mão. Em suma, computando
tudo, o Limone não é uma viagem perdida.
Onde: r. Oscar Freire, 30 (Jardins, zona sul), tel. 883-0375
Quando: segunda a sexta: 12h/15h e 19h/2h;
sábado e domingo: 12h/2h
Ambiente: descontraído, com muita luz natural
Serviço: correto
Cozinha: mediterrânea, com tom italiano
Estacionamento e manobrista: pago
CC: todos
Preços: entradas, R$ 9,50 a R$ 17,50; massas e
risotos, R$ 12,50 a R$ 38,00; pescados, R$ 23,00 a R$
40,00; carnes e aves, R$ 15,00 a R$ 26,50;
sobremesas, R$ 4,00 a R$ 6,50; bufê de almoço: R$
16,50 (segunda a sexta) e R$ 18,50 (sábado e
domingo)
Dança dos chefs
Uma intensa mudança nas cozinhas dos restaurantes da cidade,
iniciada com o trânsito do chef
Erick Jacquin, do Le Coq Hardy,
para o Café Antique, segue em curso. Paulo Barros, que era chef (e é
filho do proprietário) do Roma-Jardins, agora milita no Cantaloup; Deff Haupt, do O Leopolldo,
depois de cinco anos de Brasil retorna à Alemanha; e Alex Atala,
que dava brilho à cozinha do 72,
agora fica no seu Namesa deixando seu lugar ao recém-chegado
norte-americano Robert McGill.
Ducasse aqui
Conseguir reserva (e reservas...)
para comer nos disputados restaurantes dirigidos na França pelo
chef Alain Ducasse é difícil. Mas
experimentar os ingredientes assinados por ele, nem tanto. Eles agora estão à venda no Brasil (mostardas, azeite, pesto, tomate seco...),
dentro da linha assinada por Giancarlo Bolla e Alessandro Segato, intitulada Provato Aprovato.
Envie por e-mail sua reclamação sobre atendimento ou cozinha dos restaurantes para a coluna "Assim Não": gastronomia@folhasp.com.br
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